Resgate em Kherson feito debaixo de fogo russo

Equipas de emergência numa luta contra o tempo em Kherson
Equipas de emergência numa luta contra o tempo em Kherson Direitos de autor AP Photo
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De  Teresa BizarroHuseyin Koyuncu
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A dimensão da catástrofe desencadeado com a rutura da barragem de Nova Kakhovka cresce à medida que os dias passam e o presidente ucraniano lançou uma campanha de angariação de fundos para apoiar as equipas de resgate em Kherson

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Mais de uma semana após a destruição da barragem de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia, a cidade de Kherson permanece parcialmente inundada. Há ainda mais de 40 bairros submersos e quase duas mil famílias desalojadas.

À medida que as águas baixam, a escala do desastre torna-se cada vez mais evidente.

"A escala do desastre é enorme, realmente enorme. A escala absoluta disso está além da nossa capacidade de caracterizar, descrever e falar sobre o agora. A água ainda não baixou em todas as aldeias. Não saberemos a extensão total do desastre até que ele tenha diminuído," diz à Euronews Yuriy Faryna, do Centro ucraniano de Emergência.

Equipas de resgate trabalham lado a lado com voluntários numa assumida corrida contra o tempo. A campanha de recolha de fundos lançada pelo presidente ucraniano tem agora um espaço dedicado à ajuda dos socorristas.

"A United 24 lançou na quinta-feira uma campanha em grande escala para comprarmos o equipamento mais necessário para localização e assistência em operações de busca e salvamento em todas as áreas inundadas da região de Kherson," explica Faryna. Falta material muito diverso: "bombas e mangueiras para bombear água, coletes, cordas, ganchos e equipamento de mergulho".

Mais do que os perigos decorrentes das inundações, as equipas de emergência dizem que o principal obstáculo que enfrentam é a artilharia russa.

As operações de resgate têm sido intercaladas com explosões e bombardeamentos - até a entrevista à Euronews teve de ser adiada por causa de um ataque.

Yuriy Faryna diz que a maior dificuldade no terreno localiza-se na margem esquerda do Rio Dnipro, onde estão as posições de tiro. Este socorrista acusa a Rússia de "bombardear civis que estão em fuga e as unidades de resgate".

Kiev e Moscovo continuam a trocar acusações sobre a responsabilidade por este desastre humanitário. A ruptura da barragem de Nova Kakhovka resultou na morte de pelo menos 27 pessoas.

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