Decisão do TEDH poderá levar a alterações nos regulamentos que obrigam atletas femininas a reduzir artificialmente os níveis naturalmente elevados de testosterona para poderem competir em provas como os Jogos Olímpicos e os campeonatos do mundo.
A corredora Caster Semenya, duas vezes campeã olímpica, ganhou um recurso contra as regras de testosterona no atletismo, tendo o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem(TEDH) decidido que a atleta sul-africana foi discriminada.
A decisão poderá obrigar o mais alto tribunal do desporto a reexaminar os regulamentos que obrigam Semenya e outras atletas femininas a reduzir artificialmente os níveis naturalmente elevados de testosterona para poderem competir em provas de topo como os Jogos Olímpicos e os campeonatos do mundo.
O tribunal também decidiu que foi negado à atleta sul-africana um "recurso efetivo" contra essa discriminação quando o Tribunal Arbitral do Desporto e o Supremo Tribunal da Suíça negaram os seus dois recursos anteriores.
Não ficou imediatamente claro se a decisão forçaria uma reversão imediata das regras e se Semenya, de 32 anos, seria autorizada a competir nos Jogos Olímpicos do próximo ano em Paris.
Semenya foi a campeã olímpica de 2012 e 2016 nos 800 metros, mas foi impedida de correr nesse evento desde 2019 devido às regras de testosterona e não ljhe foi possível defender o título nos Jogos Olímpicos de Tóquio.