Eleitores escolhem este domingo futuro presidente, mas para muito será um voto, acima de tudo, contra a violência.
Cerca de 13 milhões de equatorianos são chamados, este domingo, a ir às urnas para participar nas eleições gerais e escolher o futuro presidente.
Na véspera do escrutínio registou-se um novo tiroteio. Aconteceu em Quito, a capital, mesmo ao lado do restaurante onde o candidato presidencial pró-mercado Otto Sonnenholzner tomava o pequeno-almoço com a família.
Ninguém ficou ferido e Otto também não era o alvo, mas este é o exemplo de uma ferida profunda que muitos querem ver curada no país: a violência.
O fantasma do medo será determinante na hora de escolher nas urnas, e para muitos eleitores será, sobretudo, uma questão de votar contra a violência.
"As pessoas estão muito assustadas. Somos pressionados com a insegurança no dia-a-dia. Acredito que as pessoas vão votar tendo isso em conta, em quem oferecer maior segurança para o país”, explicou Jose Buitrón, um habitante local.
O clima de violência ensombrou a campanha eleitoral.
O jornalista-candidato Fernando Villavicencio, que fez campanha contra o narcotráfico e a corrupção, foi baleado e assassinado por desconhecidos ao sair de uma ação de campanha em Quito.
Oito candidatos estão na corrida para a presidência do Equador, entre os quais Luisa González, do movimento esquerdista Revolução Cidadã, que lidera as sondagens.
Este domingo, os eleitores escolhem o presidente do país (que irá concluir o mandato do atual presidente até 2025) e os 137 parlamentares que compõem a Assembleia Nacional, além de se realizarem dois referendos sobre a exploração mineira e petrolífera.