As operações para conter a escalada da violência no Equador continuam a decorrer. A Polícia Nacional do país deteve mais de 350 pessoas e capturou grupos pertencentes aos três maiores gangues equatorianos.
A Polícia Nacional do Equador tem em marcha uma operação nacional para combater grupos de crime organizado, após o estado de sítio decretado na terça-feira.
"Estamos em guerra e não podemos ceder a esses terroristas", disse o presidente do Equador, Daniel Noboa.
As autoridades deram conta de mais de 350 detenções, após dois dias de operações.
Dois dos 178 guardas prisionais e funcionários administrativos feitos reféns em sete prisões do Equador também foram libertados na quinta-feira, graças à intervenção da Igreja Católica, indicou a agência penitenciária estatal.
Na capital, Quito, a Polícia Nacional está a trabalhar 24 horas por dia, usando várias estratégias.
"A Polícia Nacional está a implementar várias estratégias, especialmente neste distrito, para prender membros desses grupos terroristas e também reduzir a taxa de criminalidade no distrito", disse o coronel Germán de la Torre, chefe da Polícia do distrito de Quito.
Os equatorianos temem que a violência aumente e que o estado de sítio leve a situações de abuso de poder.
Na província de Guayas, na costa do Pacífico, as operações levaram à captura de três grupos pertencentes a três dos principais gangues do país: Los Lobos, Lagartos e Mafia 18.
A polícia apreendeu drogas, armas e panfletos com apelos a uma revolta civil contra as autoridades, bem como ameaças ao presidente.
Na última semana, o Equador tem assistido a uma escalada de violência protagonizada por grupos de crime organizado, que também incluiu ameaças contra universidades, instituições estatais e empresas, sequestros e atentados contra polícias, veículos incendiados, explosões e até um ataque armado a uma estação de televisão.