Junta militar que tomou o poder no Níger há mais de um mês rejeita a alegação que circulou de também ordenado a saída do país dos representantes de Alemanha, EUA e Nigéria
Nem Alemanha, nem EUA, nem Nigéria. Os militares que tomaram o poder no Níger desmentem ter dado aos embaixadores destes territórios 48 horas para deixar o país.
Falam numa carta falsa que circulou, mas que também visava o embaixador de França.
Sylvain Itté está convidado a sair por alegada recusa em responder a um convite para uma reunião e por causa de outras ações do governo francês, "contrárias aos interesses do Níger" e foram-lhe dadas 48 horas para abandonar o país, num prazo que termina este domingo.
A Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) diz que não há planos para invadir o país, mas lembra que não está descartado o uso da força.
"Os instrumentos incluem o uso da força. Por isso, está em cima da mesa, tal como estão outras medidas em que estamos a trabalhar. (...) Mas se os meios pacíficos falharem, a CEDEAO não pode simplesmente cruzar as mãos", explicou Omar Alieu Touray, presidente da Comissão da CEDEAO.
Desde 30 de julho que está em cima da mesa a possibilidade de uma intervenção militar regional contra a junta que tomou o país.
Foi anunciada pelos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO que dizem estar, no entanto, empenhados no diálogo para superar a crise.
Até à data, a junta militar em Niamey não só ignorou as ameaças como até nomeou um novo primeiro-ministro e formou um governo de transição.
Alertou, igualmente, que o uso da força será ripostado com uma resposta imediata e enérgica.