A cimeira foi anunciada pelas autoridades arménias, mas ainda não tem confirmação azeri.
Os presidentes da Arménia, Nikol Pashinian, e do Azerbaijão, Ilham Aliyev, vão reunir-se a 5 de outubro na cidade espanhola de Granada, anunciou hoje o Conselho de Segurança da Arménia numa informação ainda não confirmada pelas autoridades azeris.
De acordo com as primeiras informações, os líderes da França e da Alemanha e a presidente da Comissão Europeia também participarão no encontro, cujo objetivo é discutir a assinatura de um tratado de paz entre os dois países.
Diálogo e vigilância no terreno
A Arménia voltou entretanto a repetir o apelo para o envio de uma missão das Nações Unidas à região do Nagorno Karabakh, reivindicada por grupos separatistas arménios.
Enquanto o Azerbaijão exibe as armas entregues pelas milícias arménias como resultado do cessar-fogo, o chefe da diplomacia arménia, Ararat Mirzoyan, alertou, nas Nações Unidas, para o destino incerto vivido pela população do enclave.
"A Arménia tem alertado repetidamente a comunidade internacional para a necessidade de ações concretas e práticas, incluindo o envio de uma missão de avaliação das necessidades e de verificação dos factos a Nagorno Karabakh, mas a comunidade internacional, as Nações Unidas, não vieram em socorro das pessoas nos últimos nove meses", disse.
O Azerbaijão diz-se pronto para o diálogo com o vizinho arménio. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Jeyhun Bayramov, disse, por seu turno: "Continuamos a acreditar firmemente de que há uma oportunidade histórica para que o Azerbaijão e a Arménia estabeleçam boas relações de vizinhança e coexistam lado a lado em paz, como dois estados soberanos, dentro das fronteiras reconhecidas internacionalmente".
Também neste discurso perante as Nações Unidas, o chefe da diplomacia do Azerbaijão prometeu que os cidadãos de etnia arménia a viver no território teriam o mesmo tratamento que todos os outros por parte das autoridades.
O Azerbaijão recuperou este território aos separatistas arménios numa guerra-relâmpago em 2020. A zona conheceu novos episódios de violência no início desta semana.