As duas saídas são a investidura de Pedro Sánchez para um novo mandato ou a repetição das eleições legislativas.
Alberto Núñez Feijóo voltou a perder a investidura no governo espanhol. O Congresso dos Deputados votou, pela segunda vez, a nomeação do líder do Partido Popular (PP), de centro direita, para formar governo. E, pela segunda vez, a hipótese foi rejeitada, desta vez com 177 votos contra, 172 a favor e um nulo.
Este resultado invalida qualquer hipótese de o líder da direita espanhola vir a formar governo sem novas eleições. Nas eleições de julho, o PP foi o partido mais votado, seguido pelos socialistas do PSOE.
Restam agora duas opções: ou a repetição das legislativas ou a nomeação do socialista Pedro Sánchez, Presidente do Governo em exercício, para um novo mandato. Algo a que Feijóo chama "o governo da mentira": "Só há duas saídas e nenhuma delas é honrosa: o governo da mentira ou novas eleições", disse Feijóo.
A investidura de Sánchez não está garantida e depende dos votos dos independentistas catalães, que já disseram que só dão o aval a Sánchez se houver uma amnistia a todos os implicados no referendo de 2017.
Sánchez ainda não disse claramente se o vai fazer, mas a hipótese já suscitou fortes críticas por parte do PP e do VOX, partido de extrema-direita. Se não houver maioria parlamentar para formar governo até 27 de novembro, Espanha vai a novas eleições no dia 14 de janeiro.