Ajuda humanitária a entrar em Gaza é insuficiente, alerta ONU

Homem olha para os escombros deixados pelos bombardeamentos de Israel, na Faixa de Gaza
Homem olha para os escombros deixados pelos bombardeamentos de Israel, na Faixa de Gaza Direitos de autor Oded Balilty/Copyright 2023 The AP All rights reserved
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De  Euronews
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Organização das Nações Unidas diz que "os serviços básicos estão a colapsar", devido à falta de água, comida e combustível, e que "o risco de doenças está a aumentar".

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O Conselho Europeu aprovou esta sexta-feira a realização de uma cimeira da paz, em seis meses, com o objetivo impulsionar a solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano. 

Os líderes europeus não chegaram, no entanto, a consenso sobre um cessar-fogo em Gaza, concordando apenas com "pausas humanitárias" na região e a criação de corredores para a entrada de ajuda.

No enclave, cercado e bombardeado por Israel, os bens de primeira necessidade estão no limite.  

"Os serviços básicos estão a colapsar. Os medicamentos estão a acabar. Os alimentos e a água estão a acabar. As ruas de Gaza começaram a transbordar de esgotos", disse aos jornalistas Philippe Lazzarini, comissário-geral da agência da Organização das Nações Unidas (ONU). 

"Gaza está à beira de um enorme perigo para a saúde, uma vez que o risco de doenças está a aumentar".

Nos últimos dias, apenas um pequeno número de camiões com ajuda humanitária foi autorizado a entrar. A falta de água, comida e combustível, diz a ONU, está a deixar Gaza à beira do "colaaso".

Entraram cerca de 74 camiões. Estamos à espera de outros oito, ou mais, hoje. Só para comparar, antes de 07 de outubro, havia 450 camiões a entrar em Gaza e isso sob restrições muito, muito estritas, em termos de mercadorias que podiam entrar em Gaza. Agora temos cerca de 12 [camiões], ou seja, de 450 passámos para 12
Lynn Hastings
Coordenadora da ONU para os Territórios Palestinianos Ocupados

Telavive afirma que não está a atingir civis, mas agências da ONU dizem que há mais de um milhão de pessoas deslocadas internamente e que 40% das habitações foram destruídas ou danificadas.

De acordo com a UNESCO, os bombardeamentos danificaram 200 escolas na Faixa de Gaza, ou seja, 40% dos estabelecimentos de ensino da região.

Von der Leyen promete ajuda "sem entraves e rapidamente"

A presidente da Comissão Europeia acusou esta sexta-feira o Hamas de ter provocado uma crise humanitária em Gaza, após o ataque a Israel. Ursula von der Leyen promete, no entanto, ajuda da União Europeia (UE), que tem de chegar "sem entraves e rapidamente".

Do outro lado da fronteira, o impacto do ataque do grupo islamita a 7 de outubro é ainda evidente nas ruas vazias de Sderot. Muitas empresas e lojas permanecem fechadas e grande parte da população abandonou a cidade.

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