Várias cidades no mundo acolheram, no sábado, manifestações para assinalar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.
Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de várias cidades italianas contra a violência de género, este sábado, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.
A data foi vivida de forma particularmente intensa em todo o país, ainda chocado com a morte de uma jovem de 22 anos alegadamente assassinada pelo ex-namorado.
Este é mais um caso entre os muitos que perfazem as tristes estatísticas de Itália, onde, em média, uma mulher é morta a cada três dias.
Também em Istambul, palavras de ordem soaram por uma mudança no sistema. Centenas de manifestantes denunciaram a violência do Estado turco contra as mulheres, em particular, contra as de origem curda.
Sena Akcay, estudante de 21 anos, conta que decidiu participar na manifestação com os amigos "por todas as irmãs que foram vítimas de assassínio, que foram vítimas da violência do Estado. de violência masculina".
Os protestos estenderam-se até ao outro lado do oceano. No rescaldo da eleição de um novo presidente, o ultraliberal Javier Milei, milhares de pessoas concentraram-se em Buenos Aires para exigir "nem um passo atrás" nas políticas contra a violência de género na Argentina.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicados em 2021, indicam que, em todo o mundo, 736 milhões de mulheres já sofreram violência física ou sexual por um parceiro ou alguém próximo.
Ainda de acordo com a OMS, um quarto das adolescentes e jovens, entre os 15 e os 24 anos, já foi vítima da violência de género.