Sobreviventes enfrentam o frio após sismo que matou 131 pessoas na China

Sobreviventes desalojados passaram a noite em tendas improvisadas
Sobreviventes desalojados passaram a noite em tendas improvisadas Direitos de autor Ng Han Guan/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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De  Euronews com Lusa
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As pessoas que perderam as suas casas após o sismo de segunda-feira à noite na China passaram uma noite fria de inverno em tendas. As equipas de resgate continuam à procura dos desaparecidos.

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O cenário é de destruição na província de Gansu, na China. As casas cederam e desabaram, após o forte sismo de segunda-feira à noite que abalou o noroeste chinês e matou pelo menos 131 pessoas.

O terramoto de magnitude 6,2 deixou também 734 feridos, danificou estradas e interrompeu o fornecimento de energia e telecomunicações, descreveram as autoridades locais.

Enquanto as equipas de resgate continuam à procura dos desaparecidos nos escombros, as pessoas que perderam as suas casas passaram uma noite fria de inverno em tendas. As temperaturas na região chegam a descer aos 15 graus negativos.

De acordo com uma análise preliminar do Centro da Rede Sísmica da China, o epicentro localizou-se na parte nordeste do planalto tibetano, uma zona sísmica que sofre frequentemente abalos devido à sua proximidade do ponto de fricção das placas tectónicas asiática e indiana nos Himalaias.

As equipas estão a trabalhar em contrarrelógio na busca de sobreviventes, agravada pelas dificuldades de acesso ao terreno acidentado e montanhoso.

Alguns dos serviços básicos afetados começaram a ser restabelecidos: 279 das 314 estações de telecomunicações de Jishisan estão operacionais e 88% dos lares recuperaram o fornecimento de eletricidade, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

O terramoto danificou ou provocou o desmoronamento de mais de 155 mil casas e afetou inicialmente os serviços de água, eletricidade, telecomunicações e transportes.

O governo chinês e o ministério da Gestão de Emergências declararam um nível II de resposta à catástrofe, o segundo nível mais elevado, e 200 milhões de yuan (25 milhões de euros) foram alocados para os esforços de socorro e recuperação.

Os primeiros carregamentos de ajuda humanitária, incluindo tendas, camas dobráveis, cobertores e fogões, começaram a chegar à zona afetada.

Foram destacados mais de 1.500 bombeiros, 1.500 polícias e 1.000 soldados do Exército chinês, bem como equipas médicas, incluindo uma equipa de peritos da Comissão Nacional de Saúde.

Horas depois do acontecimento, o Presidente chinês, Xi Jinping, instou as autoridades locais a "envidarem todos os esforços" para tratar os feridos, reparar as infraestruturas e realojar as pessoas afetadas.

Este é o terramoto mais mortífero na China desde o de agosto de 2014 na província de Yunnan (sudoeste), que matou 617 pessoas, mas muito longe do de 2008 na província de Sichuan, que fez pelo menos 70 mil mortos.

Desde 1900, foram registados pelo menos três sismos de magnitude 6 ou superior num raio de 200 quilómetros do epicentro, segundo o Centro da Rede Sísmica, que advertiu que o risco de réplicas de magnitude 5 ou superior se vai manter na zona nos próximos dias.

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