Kiev vai mobilizar ucranianos a viver no estrangeiro e pondera sanções para quem não cumprir

Drone russo atinge armazén na Ucrânia
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Ministro da Defesa da Ucrânia admitiu que os homens em idade militar que vivam no estrangeiro vão ser chamados e poderão ser sancionados se não se apresentarem nos centros de recrutamento.

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Depois de o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy ter revelado, já esta semana, que o exército pediu a mobilização de mais meio milhão de soldados, o ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, anunciou esta quinta-feira que vai convocar homens em idade militar residentes no estrangeiro para lutarem pela Ucrânia.

Numa entrevista a vários órgãos de comunicação social alemães, Umerov precisou que os homens entre os 25 e os 60 anos que estejam aptos a combater e vivam fora da Ucrânia vão ser chamados a apresentar-se e admitiu que pode haver sanções para os que não comparecerem. 

A medida poderá ser uma resposta ao intensificar dos ataques russos: na madrugada desta quinta-feira, a Ucrânia voltou a estar debaixo de uma chuva de drones. Kiev revelou que a Rússia lançou em várias regiões 35 drones Shahed de fabrico iraniano, dos quais 34 foram abatidos pelas defesas aéreas. Em Nikopol, no sul da Ucrânia, as autoridades confirmaram a morte de duas mulheres e um ferido na sequência dos ataques.

Os ataques ocorreram “em ondas” durante toda a noite e tiveram origem em Chauda, região situada na Crimeia ocupada pelas tropas russas, em Primorski-Akhtarsk, na costa oriental do Mar de Azov, e Kursk, uma cidade russa perto da fronteira norte da Ucrânia, confirmou a Força Aérea ucraniana no Telegram.

Nos últimos dias, a Rússia tem atacado repetidamente as frentes ucranianas. Kiev acusa o Kremlin de tentar aterrorizar a população civil e destruir as infraestruturas energéticas para, tal como aconteceu no inverno passado.

No terreno, como resposta, a Ucrânia tem estado a reforçar os sistemas de defesa aérea com armas ocidentais capazes de destruir a maioria dos drones e mísseis disparados pela Rússia.

Na Rússia, segundo as autoridades, os sistemas de defesa abateram um drone ucraniano na região de Bryansk, que faz fronteira com a Bielorrússia e a Ucrânia.

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