O encontro contou com a presença de Elon Musk, que recentemente foi acusado de permitir conteúdos antissemitas na sua rede social X
Associação Judaica Europeia organizou uma conferência em Cracóvia, na Polónia, para abordar o problema do antissemitismo. A questão ganhou novos contornos com a guerra no Médio Oriente.
ParaReuven Rivlin, 10º Presidente do Estado de Israel, acontecimentos como os que aconteceram no dia 7 de outubro "levam-nos a repetir a frase "nunca mais"". "Quando dizemos "nunca mais", quando nós, o povo judeu, dizemos "nunca mais", quando nós, os israelitas, dizemos "nunca mais", não se trata apenas de uma mensagem para o mundo. É um compromisso que assumimos connosco próprios. O povo judeu nunca, nunca mais será indefeso", declarou.
Na sua intervenção, Manuel Valls, antigo Primeiro-Ministro de França, falou na necessidade de "desconstruirmos toda a linguagem que Israel enfrenta atualmente". "A linguagem da África do Sul e de outros países que utilizam palavras como "colonização", "aparthaid" e, claro, "genocídio" para "nazificar" Israel. E este empreendimento ideológico, este discurso, é particularmente perigoso", afirmou.
A conferência também contou com a presença de Elon Musk, que recentemente foi acusado de antissemitismo.
"Perguntei-me: "Do que é que as pessoas estão a falar com este antissemitismo?" Nunca ouvi falar disso. Mas ao ver os comícios pró-Hamas em grande número, que tiveram lugar em quase todas as grandes cidades do Ocidente... fiquei espantado", disseMusk.
Em conversa com a Euronews, e em reação a esta conferência, Nidal Hamad, ativista palestiniano, sublinhou que o apoio à Palestina e às aspirações de independência nem sempre significam o apoio ao Hamas.
"Para mim, o antissemitismo é como o anti-palestinismo, como a islamofobia, como o racismo, o fascismo, o nazismo. E todas estas definições formam um só grupo, como num só pote, diria eu. Não há diferença entre isto e aquilo, porque é tudo anti-humanidade", defendeu.