O presidente do parlamento polaco, Szymon Holownia, garantiu que as queixas dos agricultores “serão ouvidas” e as suas exigências “satisfeitas”.
Os agricultores polacos realizaram a sua maior manifestação de sempre, na terça-feira, nas ruas de Varsóvia, depois de terem bloqueado uma passagem da fronteira com a Alemanha.
As exigências dos agricultores polacos relacionam-se sobretudo com a proteção contra as importações, nomeadamente dos produtos agrícolas ucranianos, que a UE isentou de taxas alfandegárias devido à invasão russa.
Como resposta aos protestos, o presidente do parlamento polaco Szymon Holownia afirmou, segundo as agências internacionais, que as queixas dos agricultores “serão ouvidas” e as suas exigências “satisfeitas”.
"Não foi intenção de ninguém causar insegurança alimentar na Polónia e prejudicar os agricultores polacos. Por outro lado, é preciso compreender que nem tudo está a correr como devia. A indignação e a raiva são compreensíveis”, disse Holownia.
As autoridades deKiev, por seu lado, negam que as suas exportações representem um “risco” para o mercado polaco.
A vice-primeira-ministra da Ucrânia para a integração na UE e na NATO, Olha Stefanishyna, disse ter a expectativa de que os polacos sejam capazes de “encontrar soluções”.
“Esperamos que a parte polaca seja capaz de encontrar soluções que nos permitam resolver a situação no país. Da nossa parte, posso dizer que a situação está totalmente sob controlo, mantemos as nossas obrigações e não criamos qualquer risco para o mercado polaco", afirmou Stefanishyna, citada pelas agências internacionais.
Os agricultores polacos dizem que a situação permanece "insatisfatória", apesar das garantias do presidente do parlamento, e prometem continuar com os protestos até ao dia 28 de Março, data em que os governos polaco e ucraniano se deverão reunir para conversações bilaterais em Vasóvia.