Primeiro-ministro da Irlanda anuncia demissão

Leo Varadkar já tinha ocupado o cargo de primeiro-ministro entre 2017 e 2020
Leo Varadkar já tinha ocupado o cargo de primeiro-ministro entre 2017 e 2020 Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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De  Euronews
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Leo Varadkar anunciou em conferência de imprensa que vai abandonar o cargo antes das próximas eleições.

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O primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, anunciou esta quarta-feira, em conferência de imprensa, que vai demitir-se antes das próximas eleições.  Além de abandonar o cargo de governante, Varadkar deixará igualmente de ser o líder partidário do Fine Gael.

Em conferência de imprensa, Varadkar disse apenas que as razões que o levam a apresentar demissão são "pessoais e políticas" e que continuará a governar o país até que seja encontrado o sucessor.

Já a demissão da liderança do partido tem efeito a partir desta quarta-feira.

"Uma parte da liderança é saber quando chega a altura de passar o testemunho a outra pessoa e ter a coragem de o fazer", disse Varadkar. "Esse tempo é agora. Demito-me como presidente e líder do Fine Gael a partir de hoje e resignarei como Taoiseach logo que o meu sucessor consiga assumir o cargo", frisou. 

Varadkar, de 45 anos, já tinha ocupado o cargo de primeiro-ministro entre 2017 e 2020, tendo retomado em dezembro de 2022, após uma passagem pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. 

Foi o primeiro chefe de Governo irlandês de origem indiana e homossexual. 

Após as eleições legislativas de 2020, em que o Sinn Féin, antigo braço político do IRA, foi o mais votado, e em que o Fine Gael ficou em terceiro lugar, Varadkar fez um acordo com o Fianna Fáil, rival histórico do Fine Gael desde a Guerra Civil (1922-1923) e segundo classificado, também de direita, e aceitou que o seu líder, Micheál Martin, fosse taoiseach durante a primeira metade da legislatura (2020-22) e que previa a rotatividade no cargo.

O abandono do cargo acontece num momento de embaraço para o governo irlandês, na sequência de uma derrota num referendo sobre duas alterações à Constituição.

Quase 74% dos eleitores rejeitaram a emenda constitucional, que propunha a eliminação das referências à "vida dentro de casa" da mulher e aos "deveres em casa" das mães na prestação de cuidados, substituindo-as por um artigo que reconhecesse a importância dos membros da família em geral, sem defini-los por género. E cerca de 67,7% dos eleitores rejeitaram também uma alteração que propunha alargar o significado de "família", incluindo agregados familiares baseados em relações "duráveis".

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