Nicolas Schmit: europeias de 2024 são "uma escolha de rumo"

Nicolas Schmit, candidato dos socialistas europeus, com Katharina Barley, cabeça-de-lista do SPD
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Candidato dos socialistas europeus reuniu-se com a cabeça-de-lista do SPD na Alemanha, onde os adolescentes de 16 e 17 anos, que poderão votar nas eleições europeias, parecem inclinados para a extrema-direita. Schmit afatsa qualquer diálogo com a extrema-direita.

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Na caminhada para as eleições europeias de junho, o candidato do Partido dos Socialistas Europeus (PSE), o luxemburguês Nicolas Schmit, atual Comissário para o Emprego e Direitos Sociais, reuniu-se esta segunda-feira na Casa Willy Brandt, em Berlim, com a cabeça-de-lista do SPD, Katarina Barley, que é também vice-presidente do Parlamento Europeu.

Schmit recorda que todas as eleições são importantes, mas destaca que o contexto atual faz com que o próximo sufrágio europeu tenha ainda maior preponderância.

"Se olharmos à nossa volta e virmos o contexto geral, esta eleição é uma eleição muito importante. É uma espécie de decisão direcional, uma escolha de rumo. Não só a nível internacional, mas também a nível interno, para onde deve ir a Europa", afirmou Schmit.

"Para nós, sociais-democratas, e para mim, enquanto candidato principal dos sociais-democratas na Europa, qualquer aproximação ou coligação com forças de ultra-direita está absolutamente fora de questão. Somos a favor de uma Europa aberta e democrática e é por isso que não podemos fazer quaisquer acordos com os amigos de Putin na Europa.", enfatizou o atual Comissário europeu. 

"Os conservadores estão a adotar um tom na campanha para as eleições europeias que enfatiza os preconceitos sobre a Europa em vez das suas vantagens", afirmou Katarina Barley ao Vorwärts, jornal do SPD, criticando a campanha eleitoral da CDU e da CSU. 

"Estamos a viver numa época em que a União Europeia está a ser alvo de ataques maciços", salienta Barley.

A cabeça-de-lista do SPD adianta o esforço dos sociais-democratas na campanha eleitoral será no sentido de "sublinhar a importância da União Europeia, da sua existência para a prosperidade da Alemanha".

Barley acusa a CDU e a CSU de não serem claras quanto ao seu futuro rumo político.

 "Não sabemos se vamos ter as políticas de Ursula von der Leyen a partir de 2019, das quais ela agora se distanciou claramente. Será que vamos ter as políticas de Manfred Weber, que infelizmente está claramente a tentar aproximar-se de Meloni?", questiona.

Adolescentes alemães atraídos pela extrema-direita

As próximas eleições para o Parlamento Europeu, previstas para 9 de junho, realizam-se após longos debates na Alemanha sobre a alteração da idade de voto. 

Pela primeira vez, os jovens de 16 e 17 anos vão poder votar, o que poderá trazer mudanças.

O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) tem visado os jovens eleitores com campanhas agressivas na plataforma de partilha de vídeos TikTok.

Seguno a análise do consultor político Johannes Hillje, fornecida à emissora pública alemã ZDF e citada pela Deutsche Welle, os vídeos do TikTok publicados pela AfD alcançaram cerca de 10 vezes mais visualizações do que os vídeos publicados por outros partidos.

Este tipo de conteúdos está também a ser divulgado pelas contas dos representantes locais da AfD e dos influenciadores de direita

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