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Canárias recebem dezenas de migrantes por dia e já duplicaram centros de acolhimento

Migrantes africanos em centro de acolhimento nas ilhas Canárias
Migrantes africanos em centro de acolhimento nas ilhas Canárias Direitos de autor Euronews
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Muitos dos migrantes são menores e viajam sozinhos. Este ano deverão chegar às Canárias cerca de 70 mil migrantes.

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A imagem repete-se quase diariamente. Há mais de um ano que os serviços de salvamento deixam nas Ilhas Canárias dezenas de migrantes que tentam chegar a solo europeu vindos de África. As vagas migratórias para o arquipélago espanhol em 2024 dispararam 500%

Entre estes migrantes estão menores com apenas 15 anos, que viajam sozinhos. 

Babakar chegou às Ilhas Canárias vindo do Senegal, mas muitos dos seus companheiros de viagem não conseguiram chegar ao destino.

"Saímos do Senegal. A viagem foi bastante má e muitas pessoas morreram".

Babakar, migrante do Senegal nas Ilhas Canárias, Espanha.
Babakar, migrante do Senegal nas Ilhas Canárias, Espanha.Euronews

Juntamente com outros rapazes, Babakar tenta ultrapassar o trauma no centro de acolhimento em Tenerife, onde aprende a língua espanhola e onde estuda na expectativa de arranjar trabalho quando atingir a maioridade. 

Nas Ilhas Canárias foram abertos vários centros de acolhimento para ajudar os menores não acompanhados. Atualmente, cerca de cinco mil estão sob a tutela do Governo do arquipélago.

Centros de acolhimento duplicaram

As autoridades das Canárias tiveram de duplicar o número de centros de acolhimento para fazer face à chegada de menores. Metade deles serão transferidos para a Espanha continental, mas são também procuradas soluções na Europa.

"A dada altura, propusemos a implementação de um programa de acolhimento familiar ao nível da União Europeia, para que pudéssemos dar uma resposta em que os Estados estivessem envolvidos", explica Francisco Candil, vice-ministro da Segurança Social do Governo das Canárias.

Migrantes africanos num centro de acolhimento nas Canárias, em Espanha
Migrantes africanos num centro de acolhimento nas Canárias, em EspanhaEuronews

O novo pacto de migração europeu prevê a distribuição de migrantes por vários países da União Europeia, mas o partido Vox, que integra o grupo dos Conservadores e Reformistas na Europa, opõe-se à medida e pede o encerramento total das fronteiras.

 "Para o VOX, a soberania dos Estados é fundamental e, se os Estados querem ter fronteiras seguras, é necessário bloquear essas fronteiras. Podemos perfeitamente usar as nossas Forças Armadas, por exemplo, para propor um bloqueio naval", afirma Paula Jover, do Vox das Canárias.

O candidato da Coligação Canária exige ações para combater as causas da imigração ilegal na sua origem.

"Trata-se de atacar [o problema] na origem e utilizar regiões como as Ilhas Canárias, não só como plataforma para conter o fenómeno migratório e fornecer recursos para gerir esse problema, mas também como plataforma de ajuda ao desenvolvimento", refere Carlos Alonso, candidato ao Parlamento Europeu pela Coligação Canária.

O pacto europeu sobre migração foi aprovado poucos meses antes da dissolução do Parlamento Europeu, mas a sua implementação será condicionada pelo resultado das eleições de junho.

Entretanto, a fronteira sul espera bater recordes este ano, com a chegada de 70 mil migrantes às costas das Ilhas Canárias.

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