Produtores belgas de batata pedem apoio público

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De  Isabel Marques da SilvaLaura Ruiz
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A falta de procura na restauração e a quebra na exportação, que absorvia 90% da produção de batata belga, leva os produtores a pedirem ajuda pública, algo inédito no setor.

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As batatas fritas são para os belgas, e o seu mercado de turistas, o que os pastéis de nata são para os portugueses.

Mas com a restauração fechada e o turismo congelado, há um excedente de batatas que deixa os produtores aflitos.

À falta da procura interna junta-se a quebra na exportação, devido aos constrangimentos nas fronteiras, o que deixa o setor à mercê da intervenção pública.

"É a primeira vez que o setor da batata pede apoio ao governo e o facto de nunca termos pedido ajuda também nos cria dificuldades a nível europeu. Apesar de toda os programas e legislação para ajudar os agricultores em situações de crise, não há nada específico previsto para o setor da batata, nem uma frase. Estamos a tentar encontrar uma resposta e soluções para estes agricultores", disse Romain Cools, secretário-geral da Belgapom (asociação de produtore), em entrevista à euronews.

A exportação absorvia 90% da produção de bata belga, que agora corre o risco de ser destruída até por falta de espaço de armazenamento.

A comissão de Agricultura do Parlamento Europeu debate os problemas do setor, esta quarta-feira, e estes produtores já pensam em soluções criativas.

"Algumas pessoas perguntaram-nos se, quando a pandemia de coronavírus terminar, - o que gostaríamos que fosse já amanhã, embora receie que dure um pouco mais -, poderíamos organizar um grande festival nacional de batatas fritas! Seria celebrar em grande festa o final da crise!", contou Romain Cools.

Os apoios comunitários  à agricultura deverão ser definidos no orçamento plurianual para a União Europeia de 2021 a 2027, que ainda está por aprovar.

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