Tratado de Maastricht mudou a UE há 29 anos

Tratado de Maastricht mudou a UE há 29 anos
Direitos de autor REMKO DE WAAL/AFP
Direitos de autor REMKO DE WAAL/AFP
De  Isabel Marques da SilvaJack Parrock
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O Tratado de Maastricht, assinado a 7 de fevereiro de 1992, na cidade neerlandesa que lhe dá o nome, estabeleceu os pilares de políticas comunitárias ao nível do mercado interno, da justiça e da diplomacia.

PUBLICIDADE

O Tratado de Maastricht foi assinado há 29 anos e poderá ter chegado o momento de rever alguns dos seus pilares por forma a adaptar a União Europeia aos desafios do futuro.

Jean-Claude Juncker, ex-Presidente da Comissão Europeia, defende uma reflexão sobre a chamada "regra de ouro" que dita tetos máximos de défice e dívida e que favorecem a política de austeridade.

"Houve um grande debate entre os líderes dos 12 Estados-membros da altura, com os alemães a defenderem que se criasse a "regra de ouro", sobretudo em termos da dívida. Mas, atualmente, a regra de ouro deveria ser que devemos levar em consideração as preocupações relacionadas com o emprego e o bem-estar social", disse Juncker, em entrevista à euronews.

O Tratado de Maastricht, assinado a 7 de fevereiro de 1992, na cidade neerlandesa que lhe dá o nome, estabeleceu os pilares de políticas comunitárias ao nível do mercado interno, da justiça e da diplomacia.

"O documento define a essência da União Europeia como a conhecemos hoje. Mas a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, quer uma reflexão sobre como deve seguir em frente e vai organizar uma conferência sobre o futuro da Europa", refere Jack Parrock, da euronews.

A conferência implicará contributos de três instituições europeias - Conselho, Comissão e Parlamento -e inspira-se no projeto proposto, há 20 anos, pelo antigo presidente francês Valéry Giscard d' Estaing.

"Ele organizou uma convenção que elaborou uma Constituição Europeia, mas foi rejeitada pelas populações da França e dos Países Baixos, em referendos. Há quem tema que abrir a discussão sobre alterações ao tratado possa colocar o risco de ter um novo tratado que também seja rejeitado", explicou Jon Worth, professor de Assuntos Europeus no College of Europe.

Uma das marcas do Tratado de Maastricht é a votação por unanimidade dos Estados-membros, que em alguns temas tem levado a crises políticas intensas, pelo que há quem defenda que, no futuro, se possa usar a maioria qualificada em alguns domínios.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Portugal vai apostar na gestão da crise social da União Europeia

Já há acordo sobre mecanismo de proteção do Estado de Direito na UE

"Estado da União": A "receita" para o futuro da UE