Navio carregado com 200 toneladas de comida parte de porto de Chipre para a Faixa de Gaza

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Direitos de autor Petros Karadjias/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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Barco da ONG espanhola Open Arms estreia corredor marítimo para levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, onde a crise humanitária se agrava a cada dia que passa.

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O barco espanhol Open Arms, da Organização Não Governamental com o mesmo nome, partiu esta terça-feira do porto cipriota de Lárnaca com 200 toneladas de ajuda humanitária para Gaza a bordo, após vários dias de atraso devido ao agravamento das condições meteorológicas.

Estreia-se assim o corredor marítimo aberto pela União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido, entre outros países, para levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, onde a fome está "por todo o lado", segundo a agência de apoio aos refugiados da Palestina.

A ajuda humanitária foi fornecida pela World Central Kitchen, organização de solidariedade fundada pelo chefe espanhol José Andrés, que mostrou no X o momento em que o barco conseguiu finalmente zarpar do porto de Chipre.

A entrega de ajuda humanitária por via marítima a Gaza é a mais recente tentativa de ultrapassar as dificuldades colocadas pelo cerco israelita do território palestiniano: as organizações de solidariedade queixam-se de que é praticamente impossível entregar alimentos na Faixa de Gaza devido às restrições impostas pelas forças de Israel, pelos combates constantes e pelo forte policiamento executado nas ruas pelos militantes do Hamas.

Os Estados Unidos anunciaram entretanto que vão construir um porto perto de Gaza para conseguir entregar ajuda, mas deverá levar ainda várias semanas até que a infraestrutura esteja operacional. Os norte-americanos estão já a entregar ajuda via aérea, lançando de aviões caixas com mantimentos que depois chegam ao solo com a ajuda de um paraquedas.

A agência da ONU de apoio aos refugiados da Palestina (UNRWA) afirma que "a fome está por todo o lado em Gaza" no início do Ramadão e reitera os apelos a um "cessar-fogo imediato" durante o mês sagrado.

O diretor da UNRWA denunciou na rede social X que "um camião carregado de ajuda humanitária foi mandado para trás porque tinha tesouras utilizadas em kits médicos para crianças".

"As tesouras médicas são agora acrescentadas a uma longa lista de artigos proibidos que as autoridades israelitas classificam como 'de dupla utilização'", escreveu Philippe Lazzarini, que sublinha que Israel proíbe "artigos básicos e que salvam vidas", como "anestésicos, luzes solares, garrafas de oxigénio e ventiladores, pastilhas para limpeza de água, medicamentos para o cancro e kits de maternidade".

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