Um discurso de Ursula von der Leyen foi brevemente interrompido na quarta-feira por um homem que a acusou de ser uma "criminosa" devido ao seu apoio a Israel.
PUBLICIDADEA Presidente da Comissão Europeia estava prestes a proferir um discurso na Cimeira Europeia de Defesa e Segurança quando foi abruptamente interrompida por um homem que se levantou e lhe dirigiu acusações.
"Senhora von der Leyen, isto é uma detenção de cidadãos! É acusada de ajudar o genocídio em Gaza!", diz o homem. "Manifestou o seu total apoio a Israel no início deste genocídio! O sangue das crianças palestinianas está nas suas mãos!".
Nesse momento, outra pessoa aproximou-se do homem, que continuou a gritar enquanto era retirado da sala.
"É uma criminosa, Sra. von der Leyen! Devia estar em Haia! Não devia estar aqui. Não devia estar à procura de um segundo mandato! A senhora é a guerra, a senhora é uma criminosa!". "Palestina livre! Libertem a Palestina!", acrescentou, enquanto a sua voz se desvanecia.
Von der Leyen, que permaneceu imóvel e não mostrou qualquer reação durante o inesperado acontecimento, começou a sua intervenção agradecendo aos anfitriões pelo convite.
"Senhoras e senhores, é um prazer estar aqui", disse.
A Presidente prosseguiu com um discurso abrangente sobre a necessidade de a Europa reforçar a sua segurança e defesa na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Desde os atentados de 7 de outubro lançados pelo Hamas contra Israel, von der Leyen tem-se afirmado como uma das mais acérrimas defensoras da nação judaica na Europa, apoio que sublinhou numa visita a Jerusalém que foi acompanhada de perto no dia seguinte.
No entanto, o seu apoio rapidamente se tornou um tiro pela culatra, à medida que o número de mortos na Faixa de Gaza causado pela ofensiva israelita começou a aumentar e a devastação se transformou numa catástrofe humanitária.
Embora nunca tenha recuado na sua posição, von der Leyen adaptou gradualmente a sua narrativa para se posicionar como um interveniente importante na prestação de ajuda de emergência a Gaza, deslocando-se a Chipre no mês passado para anunciar um corredor marítimo.