Português irá navegar sozinho até à costa norte-americana, passando pelo arquipélago da Madeira e dos Açores. Ricardo Diniz quer chegar à juventude dos EUA para falar de educação e ambiente.
Os Estados Unidos iniciam esta sexta-feira um ano de celebrações até à celebração maior. Para o ano, o país assinala 250 anos da independência. Um quarto de milénio de existência que terá também o contributo de um português. Ricardo Diniz irá navegar sozinho por mares já anteriormente navegados, até chegar à costa norte-americana. Não tivesse ele mais de 100 mil milhas náuticas na conta pessoal.
A data ainda não está definida e o nome da missão, por enquanto apelidada “USA 250”, ainda está a ser escolhido. Segundo explica o português à Euronews, trata-se de uma “missão que não é política, mas é definitivamente diplomática”. A mensagem que leva de Portugal para os Estados Unidos é simples: “Precisamos de nos preocupar com os oceanos. Precisamos de nos dar bem. A humanidade precisa de se dar bem”.
O roteiro ainda não está finalizado e a linha temporal também não está totalmente decifrada.
“Não sei a rota neste momento, mas provavelmente partirá da capital europeia dos oceanos, que é Lisboa, a única capital europeia com um oceano, com o Oceano Atlântico, provavelmente até à Madeira”, explica Ricardo.
Depois segue-se o arquipélago dos Açores e, finalmente, os Estados Unidos. O português espera chegar terra firme norte-americana antes do feriado nacional do país.
“Iremos, provavelmente, chegar aos EUA a 10 de junho de 2026, simbolicamente o Dia de Portugal” explicou. Deverá permanecer até “4 de julho, onde tencionamos ficar na Costa Leste durante cerca de três ou quatro meses”. Durante esse tempo, é esperado que integre, juntamente com o seu barco, uma série de eventos e regatas que irão acontecer por ocasião das celebrações norte-americanas.
O regresso aos oceanos
Depois de um interregno nas viagens, Ricardo Dinis decidiu regressar ao oceano, ele e um barco à vela "histórico e muito especial" com menos de 20 metros, para celebrar a data especial.
“Com o 250º aniversário de um país que me deu tanto, os Estados Unidos da América, justifica-se eu volte lá, que ligue todos os pontos, que faça o que fazemos, que é ligá-lo à juventude e à educação e dar poder aos jovens e mostrar-lhes o poder dos sonhos, mostrar-lhes que não há problema em trabalhar arduamente, em confiar realmente no que nos vai no coração, em arregaçar as mangas e avançar” explica.
Uma grande missão, não em milhas náuticas, mas em responsabilidade e temas abordados.
“Vamos ligar-nos a diferentes frentes, nomeadamente e especialmente à educação, ao ambiente e a uma mensagem forte de que o Oceano Atlântico é a ponte que nos liga. Se eu estiver na costa ocidental de Portugal a olhar para o oceano, isso é a América”, afirmou.