Suspensão de voos e seguros de viagem: O que precisa saber sobre viajar para Israel neste momento

O FCDO alerta para o facto de as fronteiras internacionais - aéreas e terrestres - em Israel e nos OPT poderem ser encerradas a curto prazo.
O FCDO alerta para o facto de as fronteiras internacionais - aéreas e terrestres - em Israel e nos OPT poderem ser encerradas a curto prazo. Direitos de autor Shai Pal
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De  Rebecca Ann Hughes
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Artigo publicado originalmente em inglês

O aeroporto internacional de Telavive continua a funcionar, mas muitas companhias aéreas cancelaram ou desviaram serviços.

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Israel declarou que está em guerra depois de os militantes do grupo fundamentalista Hamas terem lançado um ataque surpresa contra o país a partir de Gaza.

Foram disparados foguetes contra Israel, atingindo cidades como Telavive e Jerusalém, e estão presentes no país terroristas armados.

Mais de 700 israelitas morreram e milhares de outros foram hospitalizados. As autoridades confirmaram também a morte de nove cidadãos norte-americanos, enquanto 10 cidadãos britânicos estão considerados mortos ou desaparecidos.

O Hamas também levou dezenas de reféns de Israel para a faixa de Gaza. Em Gaza, pelo menos 500 pessoas terão morrido.

Se se encontra na região ou tem viagem marcada para Israel, eis os últimos conselhos oficiais de viagem.

É seguro viajar para Israel?

Os governos da UE e do Reino Unido desaconselham todas as viagens a Israel e aos Territórios Palestinianos Ocupados (TPO), exceto as essenciais.

No Portal das comunidades portuguesas está escrito: "Face aos acontecimentos em curso, todas as viagens a Israel devem ser evitadas".

Isto significa que as agências de férias com clientes na zona devem trazê-los de volta o mais rapidamente possível e suspender todas as viagens futuras até que o aconselhamento seja desativado.

Em especial, são desaconselhadas agora todas as viagens para

  • Gaza
  • as explorações agrícolas de Sheba'a e Ghajjar
  • num raio de 500 metros da fronteira com o Líbano (a "linha azul") a leste de Metula, incluindo o extremo norte da cidade e num raio de 500 metros da fronteira com a Síria (a "linha alfa")
  • A zona próxima da fronteira com Gaza, que inclui: a zona a sudoeste de Ashkelon; a zona a sul da estrada 35 e a oeste da estrada 40 até Tlalim, sem incluir Be'er Sheva; a zona a oeste de Be'er Sheva; a zona a norte da estrada 211.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico alerta também para o facto de terem ocorrido incidentes em Telavive, Be'er Sheva, Hadera, Jerusalém e na Cidade Velha (em especial na Porta de Damasco, na Porta de Herodes, na Porta do Leão e na Porta das Correntes), em Nablus, Jenin, Hebron, no Vale do Jordão, nos postos de controlo israelitas, perto dos postos avançados dos colonatos e em redor dos campos de refugiados palestinianos.

Deve ter especial cuidado ao visitar estas zonas e viajar apenas se for essencial.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Irlanda aconselha igualmente os viajantes a evitarem todas as viagens não essenciais para Israel, uma vez que "os ataques em curso representam um risco de segurança significativo".

E se eu tiver férias marcadas em Israel?

Se optar por viajar para Israel agora que os conselhos oficiais o desaconselham, não estará protegido pelas apólices de seguro de viagem normais.

Se tiver reservado uma viagem organizada para Israel, pode cancelá-la e receber um reembolso total devido ao aviso de proibição de viajar.

Há voos de e para Israel?

O aeroporto internacional de Telavive - o principal centro de viagens do país - ainda está a funcionar, mas muitas companhias aéreas cancelaram ou desviaram serviços.

As transportadoras norte-americanas United Airlines, Delta Airlines e American Airlines suspenderam os voos, assim como os operadores europeus, Lufthansa, AirFrance e a finlandesa Finnair.

A EasyJet cancelou os voos para Telavive no domingo e na segunda-feira e afirmou que está a ajustar os horários dos serviços nos próximos dias.

"Todos os clientes afetados pelos cancelamentos podem beneficiar de um reembolso, de um voucher ou de uma transferência gratuita para um novo voo", declarou um porta-voz da companhia aérea.

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Os voos da Wizz Air que estavam a caminho de Israel quando a ofensiva começou foram redireccionados para Larnaca, o principal aeroporto da ilha de Chipre. Os voos de e para Telavive foram cancelados até nova ordem.

A companhia aérea portuguesa TAP suspendeu os voos na segunda-feira e está a oferecer reembolsos ou remarcações sem custos adicionais.

No site da companhia pode ler-se: "A TAP decidiu suspender os voos para e de Telavive, devido à situação em Israel. Os passageiros com voos marcados até final de Outubro podem remarcá-los sem custos adicionais ou pedir o reembolso do valor".

A companhia aérea israelita El Al afirma que está a operar de acordo com as instruções das forças de segurança e que os voos estão a decorrer "como previsto".

O que deve fazer se estiver atualmente em Israel?

Alguns governos alertam para o facto de as fronteiras internacionais - aéreas e terrestres - em Israel e nos TPO poderem ser encerradas a curto prazo.

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Se se encontra atualmente em Israel, o seu seguro de viagem continua a cobri-lo até conseguir sair do país.

Antes de viajar, deve informar-se junto das suas companhias aéreas e seguradoras de viagem. Aconselha-se a consultar o Comando da Frente Interna de Israel para mais informações: www.oref.org.il/en ou ligue 104 se estiver em Israel.

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