Ao contrário de outras classificações de passaportes, o Nomad Passport Index (NPI) centra-se em critérios mais amplos, incluindo a perceção global e a liberdade pessoal num determinado país.
O nomadismo digital ganhou popularidade recentemente. Embora muitos destinos tenham requisitos simples de cidadania, o país de origem de uma pessoa pode ter um impacto significativo nas suas oportunidades de viagem.
Isto também se reflete nos passaportes e, agora, pode saber exatamente até que ponto os seus próprios documentos de viagem são favoráveis ao nomadismo.
Foi publicada a classificação anual deste ano da Nomad Capitalist, uma empresa que tem por objetivo "maximizar a liberdade".
Ao contrário do Henley Passport Index, que classifica os passaportes mais poderosos do mundo e utiliza dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos, o Nomad Passport Index (NPI) adopta uma abordagem diferente.
São analisados 199 passaportes globais e a forma como se comportam em termos de viagens sem visto, perceção global e tributação dos cidadãos. A classificação também se centra na dupla cidadania e na liberdade pessoal.
Quais são os melhores e os piores passaportes do mundo de acordo com o índice?
As notícias são boas para grande parte da Europa, com oito países do continente a ocuparem lugares no top 10.
A Suíça ficou em primeiro lugar, seguida de perto pela Irlanda e por Portugal, em segundo e terceiro lugares, respetivamente.
Seguiram-se o Luxemburgo e a Finlândia, seguidos dos Emirados Árabes Unidos. Seguem-se os Países Baixos, a Noruega e a Alemanha, com a Nova Zelândia a fechar a lista.
Os titulares destes passaportes podem usufruir da isenção de visto para a maioria dos países do mundo, bem como da maior probabilidade de serem aceites pelos seus países de adoção.
Fora dos dez primeiros, o NPI diz que a Bulgária é um país a ter em conta em futuras classificações.
A nação dos Balcãs viu o seu passaporte subir do 42º lugar do índice para o 32º em apenas dois anos. Este facto deve-se, em grande parte, à sua entrada na zona Schengen da Europa, que deverá ter lugar no final deste mês.
Os países europeus, a começar pela Islândia, a Itália e a Grécia, ocupam igualmente os lugares 11 a 26 da lista, sendo que apenas Singapura lhes fica à frente na 27ª posição.
No outro extremo do espetro, os países que ocupam os últimos lugares da lista das 199 cidadanias são praticamente os mesmos que figuram no índice de passaportes de Henley.
O Afeganistão ficou em último lugar, seguido do vizinho Iraque, do Iémen e da Eritreia.
O que torna um passaporte "bom" ou "mau"?
O Nomad Capitalist revelou, com mais profundidade, como são elaboradas as classificações.
O seu índice analisa cinco critérios, todos eles com um peso estatístico diferente.
A capacidade de efetuar viagens sem visto representa 50% da pontuação, com a tributação a chegar aos 20%.
Seguem-se a perceção global, a possibilidade de ter dupla nacionalidade e a liberdade pessoal - que engloba aspectos como a liberdade de imprensa e o serviço militar obrigatório -, todos com 10% do resultado global.
Explicando o seu funcionamento, a Nomad Capitalist afirma: "Enquanto a maioria dos índices - e a maioria das pessoas - pensa num passaporte apenas em termos de privilégios de viagem, a Nomad Capitalist reconhece que os cidadãos de diferentes países lidam com vários requisitos para pagar impostos, cumprir os regulamentos, viver livremente e evitar o escrutínio quando viajam".