Na manhã de sexta-feira, Lahaina assemelhava-se a uma cidade fantasma carbonizada. Rua após rua da cidade havaiana, quarteirão após quarteirão, as casas foram reduzidas a cinzas. Bairros inteiros foram arrasados.
De vez em quando, os residentes passavam de carro, para ver o que restava das suas casas ou para salvar algo para um vizinho. Mas, de um modo geral, reinava um silêncio pesado, que se abatia sobre o que costumava ser o coração movimentado de Maui.
A Front Street estava em ruínas totais, com empresas e edifícios irreconhecíveis nos montes de detritos em que se tinham transformado. A enorme e icónica figueira-de-bengala da rua, de cujos ramos se ouviam coros de pássaros, estava enegrecida e silenciosa.
A família de Sydney Carney também perdeu tudo. Enquanto caminhava pelas ruínas da sua casa perto da Front Street, a jovem, de 18 anos, apontou para o sítio onde ficava o seu quarto e a televisão. Embora triste, disse estar grata por ter saído de lá com os pais e os animais de estimação vivos.
Muitos sobreviventes do incêndio disseram que não ouviram nenhuma sirene nem receberam qualquer aviso que lhes desse tempo suficiente para se prepararem.
Testemunhas dizem que tudo ardeu em apenas quatro horas. As autoridades estão a investigar para perceberem como é que as chamas avançaram tão rapidamente.
