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"Conteúdo Patrocinado" é utilizado para descrever um conteúdo pago e controlado pelo parceiro financeiro e não pela equipa editorial da Euronews. Este conteúdo é produzido pelos departamentos comerciais e não envolve a equipa editorial ou os jornalistas da Euronews. O parceiro financeiro tem o controlo dos tópicos, do conteúdo e da aprovação final em colaboração com o departamento de produção comercial da Euronews.
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"Tudo no Classic Violin Olympus é único!": uma entrevista com Pavel Vernikov

Pavel Vernikov, diretor artístico do concurso internacional Classic Violin Olympus
Pavel Vernikov, diretor artístico do concurso internacional Classic Violin Olympus   -  Direitos de autor  CMDI

O concurso internacional Classic Violin Olympus é a mais recente e eletrizante oportunidade de os violinistas, jovens e velhos, conquistarem o mundo da música.

Com um programa inovador e um processo de pré-seleção que abrange as principais capitais mundiais da música, para não falar de um espantoso prémio de 310 mil euros, as mentes por detrás do projeto parecem determinadas a desafiar o status quo, oferecendo aos violinistas talentosos de todo o mundo a oportunidade de provarem o seu valor. Falámos com o visionário Pavel Vernikov sobre este concurso, a mais recente iniciativa do violinista.

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Pode falar-nos do processo de criação do concurso internacional Classic Violin Olympus e daquilo que espera alcançar com o mesmo?

Ao longo da minha vida, participei em muitos concursos, quer como concorrente quer como jurado. Sempre gostei de concursos, mas sentia uma certa hesitação, que faltava alguma coisa. Queria desafiar o status quo, a tradição. Queria fazer algo que fosse útil não só para os artistas mais jovens, mas também para os mais velhos, que não têm a oportunidade de participar em concursos e de se afirmarem. Era um sonho que tinha e, um dia, cruzei-me com um homem maravilhoso, Konstantin Ishkhanov. Em poucas semanas, estávamos a falar sobre como tornar este sonho realidade!

Este evento tem um processo de pré-seleção único, com seis concursos independentes espalhados por todo o mundo. Qual foi a estratégia para a seleção dos seis locais?

A palavra "único" pode ser aplicada a todo o concurso. Tudo no Classic Violin Olympus é único! O procedimento de seleção na maioria dos concursos faz-se, normalmente, através de candidaturas em vídeo. Apenas alguns deles fazem uma seleção em diferentes países e, quando isso acontece, o concorrente toca durante 20 ou 30 minutos, o que não equivale a uma atuação completa. Os concorrentes gastam muito dinheiro para viajar para os locais escolhidos e atuam em todo o tipo de locais, até em locais mais pequenos, minúsculos.

Queríamos fazer algo diferente. Escolhemos as escolas e os centros de música mais famosos do mundo. Quisemos fazer das seis provas de qualificação concursos completos, com duas rondas de qualificação, prémios muito bons e um júri de alto nível.

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Alguns dos eventos preliminares já ocorreram. O nível de qualidade que viu até agora foi ao encontro daquilo que esperava?

Diria que foi ainda mais elevado do que o esperado! No Japão, por exemplo, a qualidade foi incrível. Em muitos concursos há normalmente dois ou três grandes violinistas, mas, neste caso, a situação foi muito diferente. Dos 20 concorrentes, posso afirmar com segurança que 14 mereciam ter chegado à final. Foi muito difícil decidir a quem entregar os prémios. Londres, que é a nossa próxima paragem, já se adivinha vir a ser muito semelhante. Temos um grupo de concorrentes de nível extremamente elevado e mal posso esperar para ver o que irão fazer nas atuações ao vivo!

O programa do concurso é uma das características mais dignas de nota e revolucionárias do mesmo. O que levou a uma abordagem tão distinta?

Não gosto da palavra "revolucionário" porque as revoluções acabam muitas vezes de forma bastante triste. Este programa tem um carácter mais "evolutivo", com elementos tradicionais e outros inesperadamente novos. Para além das obras obrigatórias, os artistas também têm liberdade de escolha, porque é importante avaliar a personalidade deles, encontrar verdadeiros músicos e não apenas pessoas que saibam tocar o instrumento.

Não se trata de uma competição desportiva. O que procuramos é alguém que consiga convencer o público e o júri de que é um músico. Não estamos a escolher atletas, estamos à procura de artistas de verdade, e este programa permitir-nos-á ver o quão versáteis são e se têm algo a dizer com a música que interpretam.

Nomeadamente, os participantes devem, entre outras coisas, interpretar peças do compositor residente Alexey Shor. Como é que escolheu o compositor certo para este papel e até que ponto é crucial haver uma representação da era contemporânea?

Alexey Shor
Alexey ShorCMDI

Pedir ao Alexey Shor para ser o compositor residente não foi uma decisão tomada de ânimo leve. Conheço muito bem a música do Alexey, tal como o conheço a ele. É uma pessoa muito simpática e modesta, e o facto de sermos ambos ucranianos, eu nascido em Odessa e ele em Kyiv, significa que temos um legado em comum. Penso que isso ajuda a que nos compreendamos melhor. Ele está envolvido no mundo da música clássica há bastante tempo, e não apenas como compositor. Durante este período difícil que a Ucrânia atravessa, tem sido um pilar do setor cultural do país, até tem ajudado a orquestra Kyiv Virtuosi, que se encontra neste momento na Europa, ao apoiar os músicos e as suas famílias durante a estadia deles aqui. É algo louvável, e é uma atitude e uma abordagem que sinto que se reflete também na música dele.

A discussão sobre a música contemporânea é uma discussão infindável, mas o importante é que, independentemente do tipo de música, esta seja capaz de transmitir uma mensagem. Por vezes, os compositores concentram-se tanto na técnica que se esquecem para quem estão a compor. É por isso que, por vezes, a música se torna difícil de compreender e sentir. A música do Alexey é bela, sincera e sensual. Encontramos nela anseio, lirismo, nostalgia. Além disso, toca uma variedade de pessoas. Decidimos incluir as obras dele no programa visto que refletem bastante bem a era moderna. Também pesou o facto de muitos artistas terem começado a incluir a música dele no seu repertório, como o pianista mundialmente famoso Mikhail Pletnev e os violinistas Gil Shaham e Maxim Vengerov, para mencionar apenas alguns. Ou seja, é uma música que está a deixar a sua marca no zeitgeist cultural da atualidade.

O Classic Violin Olympus possui um dos prémios mais avultados deste género de concursos. Considera essencial para um concurso emergente ter um chamariz deste tipo?

Tenho de sublinhar, como qualquer diretor artístico faria, que o dinheiro não é o mais importante. Mas, sejamos honestos, o dinheiro é bastante importante! Este prémio poderá servir para gravar um álbum, alugar uma sala de espetáculos ou tocar com uma orquestra. A ideia era que o prémio em dinheiro atraísse artistas de todos os níveis.

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No entanto, aqueles que não conseguirem alcançar o prémio principal serão recompensados na mesma. Pedimos a cada um dos 23 membros do júri que atribuísse um prémio aos artistas da sua preferência. Poderão ser convidados a tocar em concertos, em masterclasses, em festivais de música… São oportunidades valiosas para os ajudar a atrair a atenção dos agentes. Queremos dar a todos os 12 concorrentes a oportunidade de se tornarem famosos. O dinheiro é um fator importante, mas não preponderante.

Como é que o Classic Violin Olympus se compara a outros concursos já estabelecidos no mundo do violino?

Não organizaria este concurso se não tivesse dúvidas sobre os restantes. Modéstia à parte, temos potencial para sermos um dos melhores concursos. Muitos dos concursos são repetitivos, têm o mesmo júri, os mesmos concorrentes, o mesmo programa e acontecem nos mesmos locais. Muitos dos concorrentes andam de cidade em cidade para participar nestes concursos, apresentam o mesmo programa, que já memorizaram porque não aparece nada de novo no repertório, e pronto. 

Há grandes concursos que já perderam o impacto que tinham. Conheço muitos exemplos de vencedores que recebem o prémio, participam em alguns concertos e nunca mais se ouve falar deles. O nosso concurso foi concebido para dar frutos. Queremos que os 12 finalistas sejam capazes de construir uma carreira com um crescimento exponencial, queremos que sejam requisitados. Não irão ser esquecidos dentro de seis meses!

O que diria às pessoas que ainda estão a ponderar se devem candidatar-se ao Classic Violin Olympus?

Não hesite e candidate-se já! Este concurso é uma lufada de ar fresco para a criatividade dos concorrentes. Mesmo que não ganhe o prémio mais cobiçado, irá conhecer os professores e músicos do júri, encontrar pessoas com uma mentalidade semelhante à sua e sentir uma alegria inigualável ao participar no concurso. Por isso, pare de pensar e inscreva-se já, antes que seja tarde demais!

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