Atenas adia o fim da Troika por 4 meses quando o presidente do eurogrupo sugere a necessidade de um terceiro plano de resgate.
O governo grego cede à pressão do eurogrupo e abandona, em parte, algumas das promessas eleitorais, sem abdicar das chamadas medidas para fazer face ao que chama de “crise humanitária” no país.
O acordo para prolongar o programa de resgate de Atenas por mais quatro meses foi aprovado pelo grupo dos dezanove países da zona euro, durante uma conferência telefónica esta manhã.
Segundo o presidente do eurogrupo, Jerome Dijsselbloem, “Se as circunstâncias económicas o exigirem os objetivos fiscais podem ser ajustados dentro do programa – como já o foram no passado – mas esta decisão não pode ser unilateral, não pode levar um governo a dizer que não está comprometido com este objetivo. Não é assim que as coisas funcionam”.
A lista de reformas submetidas pelo governo grego, que não prevê suspender as privatizações em curso, foi igualmente validada pelo Banco Central Europeu, quando o FMI pede medidas mais específicas sobre a reforma fiscal ou do sistema de pensões.
Em Atenas, o anúncio foi acompanhado por uma subida da bolsa em 8,5% para o nível mais alto desde o início de dezembro (9,81%), quando a Alemanha convocou para esta semana um voto no Bundestag sobre a extensão do programa de resgate grego.
No documento apresentado ao eurogrupo, Atenas compromete-se a prosseguir com o atual programa, mantendo promessas como o aumento do salário mínimo ou uma série de medidas destinadas aos mais desfavorecidos.
O presidente do eurogrupo deixou entender, no entanto, que o país poderia necessitar de um terceiro resgate dentro de quatro meses.