A Ucrânia conta, atualmente, 3000 refugiados e 1,3 milhão de deslocados, pessoas que fugiram da guerra do leste do país
Em Kiev, na Ucrânia, este Dia Mundial do Refugiados foi a ocasião para uma feira de artesanato, com venda de produtos fabricados pelos refugiados.
A Ucrânia acolhe atualmente 3000 refugiados, vindos sobretudo da Síria e do Afeganistão, mas não só.
Muitos têm dificuldade em encontrar trabalho, como Mariana Nkiawete Nan, que chegou nos anos 90, fugida da guerra civil que grassava então em Angola: “É como a guerra: temos de lutar constantemente pelos nossos direitos. Por exemplo, por causa da minha cor de pele não consigo facilmente arranjar um emprego, apesar de ter todos os diplomas e as qualificações necessárias.”
Mas a Ucrânia conta, sobretudo, muitos deslocados: 1,3 milhão de pessoas, que fugiram da guerra do leste do país.
É o caso de Tetyana Tkachenko que explica, em russo, que fugiu de Luhansk com o marido: “Pensávamos que íamos abandonar a nossa casa só por algumas semanas. Mas fomos ficando em Kiev. Os nossos pais continuam em Luhansk, onde a vida, apesar de tudo, vai continuando. Mas como é que poderíamos voltar para lá – para uma república que não é reconhecida?”
As verbas recolhidas nesta feira de artesanato servirão para ajudar os próprios refugiados, a maior parte dos quais tem poucos recursos.
Algumas ONG aproveitaram a ocasião para tentar ajudá-los a encontrar um trabalho.