Os comentários foram feitos à margem da cimeira dos BRICS.
A Rússia não prevê qualquer ajuda financeira à Grécia, pelo menos por enquanto. Isso é o que foi dito à margem da cimeira dos BRICS, o grupo de economias emergentes constituído por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Mas o assunto, mesmo que indiretamente, não deixa de estar em cima da mesa: “A ajuda à Grécia não é um tema nesta cimeira e não está a ser discutida. O que está a ser discutido é a situação na Eurozona, causada pelo problema da dívida grega. As consequências que essa situação tem para a Eurozona colocam um risco para todos os participantes na cimeira”, diz o ministro russo da economia, Alexei Ulyukaiev.
A cimeira dos BRICS está a ter lugar na cidade russa de Ufa. Vladimir Putin e o presidente chinês Xi Jinping já se encontraram. O encontro não é só dos BRICS, mas também do Pacto de Xangai, que junta a Rússia, a China e várias repúblicas ex-soviéticas da Ásia Central.
É uma oportunidade, para Putin, de encontrar e fortalecer apoios junto dos países emergentes. O presidente russo está cada vez mais isolado pela comunidade ocidental, devido à política russa na Ucrânia.
A anexação da Crimeia implicou a expulsão da Rússia do grupo de oito países mais industrializados do mundo, o G8, agora de novo reduzido a G7.
Outro encontro importante da cimeira é o de Putin com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Os países dos BRICS representam um quinto da produção e 40% da população mundial.