Seul e Pyongyang fazem passos para evitar um conflito armado que parecia inevitável. Negociações iniciadas este sábado ao mais alto nível
Seul e Pyongyang fazem passos para evitar um conflito armado que parecia inevitável.
Negociações iniciadas este sábado ao mais alto nível hierárquico, reuniram, na povoação fronteiriça de Panmunjom, dois altos representantes sul-coreanos – o ministro da Unificação Hong Young-Pyo e o conselheiro de Segurança Kim Kwan-Jim – e o alto responsável da Defesa norte-coreana e número dois do regime de Pyongyang, Hwang Pyong-So, acompanhado pelo secretário do Partido dos Trabalhadores, Kim Yong-Gon.
A reunião foi anunciada a duas horas do termo de um ultimato pronunciado na sexta-feira pelo líder norte-coreano Kim Jong-Un.
A Coreia do Norte tinha ameaçado o vizinho do sul com uma “guerra total”, se Seul não fizesse calar os altifalantes que na fronteira fazem propaganda contra o regime de Pyongyang.
Os altifalantes sul-coreanos foram reativados no dia 10 de agosto, após um intervalo de 11 anos, depois de no início do mês a explosão de uma mina anti-pessoal, na fronteira ter mutilado dois soldados sul-coreanos.
Nas últimas horas, a tensão redobrou entre as duas Coreias, com o exército do norte a declarar que as suas unidades estavam já em “estado de guerra” e prontas a atacar, e o chefe da diplomacia de Pyongyang a falar de uma “situação irreversível”, enquanto caças americanos e sul-coreanos efetuavam exercícios de simulação de bombardeamentos.