A oposição, maioritária no parlamento, bloqueou o decreto presidencial de um estado de emergência económica.
Na Venezuela, está criado mais um braço-de-ferro entre o presidente Nicolás Maduro e a oposição que domina o Parlamento.
A Assembleia rejeitou a proposta de Maduro de declarar o estado de emergência económica, devido à crise que o país está a viver com a queda nos preços do petróleo.
Julio Borges, deputado oposicionista, esclarece a posição: “Este decreto só vem criar o medo das expropriações, do controlo financeiro, do congelamento das contas e dos bens, de um controlo orçamental que não é mais que uma repetição da fórmula que tem vindo a ser implementada na Venezuela nos últimos anos e levou a esta crise”.
Para Maduro, a decisão de bloquear este decreto presidencial não é mais de uma tentativa de golpe contra o poder chavista: “Em vez de colaborar de forma proativa na luta contra esta emergência económica, esta crise complexa e difícil que requer um esforço nacional unificado, a oposição escolhe a via do confronto estéril. Não é esse o caminho a seguir”.
Este é o primeiro ato do novo parlamento venezuelano marcado por um confronto direto às políticas de Nicolás Maduro. A economia venezuelana está muito dependente do petróleo e as recentes descidas nos preços representam uma crise sem precedentes nos últimos anos.