Macedónia: Presidente reafirma amnistia a políticos suspeitos de escutas ilegais

Macedónia: Presidente reafirma amnistia a políticos suspeitos de escutas ilegais
Direitos de autor 
De  Francisco Marques com MIA
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Apesar dos protestos na capital da Macedónia e até das críticas internacionais oriundas por exemplo dos Estados Unidos e da Alemanha, o presidente

PUBLICIDADE

Apesar dos protestos na capital da Macedónia e até das críticas internacionais oriundas por exemplo dos Estados Unidos e da Alemanha, o presidente macedónio Gjorge Ivanov mantém amnistia aos 56 visados na investigação a um alegado esquema de escutas ilegais. A reconfirmação da decisão polémica aconteceu horas depois da confirmação das eleições legislativas para 5 de junho.

“Eu penso que a decisão protege o interesse do Estado e, por isso, informo-vos, que a mantenho. Aos que pensam que um direito lhes foi retirado, que eu lhes tenha feito um desfavor ou que queiram provar a inocência em tribunal, peço que me contactem pessoalmente, por escrito, a pedir que anule a decisão no seu caso pessoal”, afirmou Gjorge Ivanov.

A cerca de mês e meio das eleições acordadas com a União Europeia, à qual a Macedónia se encontra em processo de adesão, a oposição do partido no poder alega não haver condições para o sufrágio, em especial pelas suspeitas levantadas pela investigação em curso e que o presidente decidiu interromper.

Em causa na investigação está um esquema de escutas ilegais denunciado no início do ano passado por Zoran Zaev, líder do partido União Social Democrática (SDSM), de centro-esquerda, opositor da Organização Revolucionária Interna Macedónia – Partido da União Nacional Macedónia (VMRO-DPMNE, na sigla original), liderado pelo ex-primeiro-ministro Nikola Gruevski, acusado de ser o responsável pelas escutas ilegais a mais de 20.000 pessoas através dos serviços de inteligência macedónios.

Ambos os partidos já enviaram cartas ao Presidente a pedir para que deixe correr a investigação, embora o VMRO-DPMNE beneficie da amnistia anunciada. O SDSM defende não haver condições para eleições transparentes e apela a um reagendamento para o segundo semestre do ano.

Partilhe esta notíciaComentários