O jornal italiano “Il Giornale” distribuiu gratuitamente o livro “Mein Kampf”, de Adolf Hitler, este sábado, a quem comprasse o primeiro volume da história do terceiro Reich juntamente com o…
O jornal italiano “Il Giornale” distribuiu gratuitamente o livro “Mein Kampf”, de Adolf Hitler, este sábado, a quem comprasse o primeiro volume da história do terceiro Reich juntamente com o jornal.
Political outcry in #italy as right-wing daily
ilgiornale</a> gifts copies of Hitler's <a href="https://twitter.com/hashtag/MeinKampf?src=hash">#MeinKampf</a> Saturday <a href="https://t.co/RLPN4dZoyM">pic.twitter.com/RLPN4dZoyM</a></p>— JosephineMcKenna (
JosephineMcK) June 11, 2016
O primeiro ministro italiano, Matteo Renzi chamou “esquálida” à estratégia de aumento de vendas e posicionou-se ao lado da comunidade judaica.
Nas redes sociais, muitos italianos manifestaram concordância com esta posição.
Outrage in the Jewish community as today Berlusconi's daily “Il Giornale” is paired with a copy of Hitler's Mein Kampf. #Italy
— Pierfrancesco Loreto (@pierloreto) June 11, 2016
O editor do jornal conservador pertencente à família Berlusconi, Alessandro Sallusti, alegou que a divulgação da obra, anotada por um professor italiano de história contemporânea, evitaria o recrudescimento do que nele é defendido por Hitler.
Nas ruas, há quem subscreva a posição.
Giovanni Palermo é um polícia proveniente da Sicília: “Ele era o Hitler, é óbvio que era o mal absoluto, mas isto não quer dizer que devamos evitar conhecê-lo para o evitar no futuro. Se não se conhece, pode intrigar. Se se conhece, e se se for uma pessoa normal, evita-se este género de coisa.”
Luigi Anesi,um residente em Roma, reformado, concorda: “De modo a saber-se História, esta escolha¨é certa, é óbvio que o nazismo é qualquer coisa fora de toda a lógica, creio eu.”
“Mein Kampf”, que se traduz por “A Minha Luta”, foi escrito por Hitler entre 1924 e 1926 e tornou-se no manual para o seu Partido Nacional Socialista.
Ficou livre de direitos de autor no final do ano passado e uma edição anotada na Alemanha lançada em Janeiro deste ano suscitou polémica.
Está proibida neste país a edição do livro sem que seja numa edição crítica, que corresponderia a crime segundo as leis do incitamento.