A prancha voadora de Franky Zapata

A prancha voadora de Franky Zapata
De  Ricardo Figueira
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Dos filmes à realidade, vai um pequeno (grande) passo.

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A “hoverboard” é uma prancha voadora com que muitos sonham desde o filme “Regresso ao Futuro 2”. Existem modelos, mas o aparelho ainda pertence, em grande medida, à ficção. A acreditar no protótipo que o antigo campeão de jet-ski Franky Zapata demonstrou no Porto Velho de Barcelona, em breve o sonho pode ser uma realidade ao alcance de muitos.

O protótipo é capaz de voar a uma altitude de 10.000 pés e atingir a velocidade de 150 km/h. Desenvolver os turborreatores e criar os algoritmos para estabilizar o aparelho foi algo que levou dois anos a fazer: “Ao inclinar o meu corpo para a frente, para trás ou para um dos lados, estou a controlar a direção, mas também a estabilidade. Para ir para um dos lados, basta-me mexer o corpo e mudar o centro de gravidade. O impulso na prancha muda o centro de gravidade. Se mexemos as pernas assim, a gravidade está na prancha. Se ficamos direitos, fica no corpo, na zona da barriga. Ajustamos o centro de gravidade como nos mexemos, mas isso é o que já fazemos todos os dias, ao andar. é algo muito intuitivo”, explica Zapata.

O protótipo chama-se Flyboard Air e está a despertar a atenção dos especialistas. Há quem diga que redefiniu o conceito de “hoverboard”.

Também há quem aponte os problemas de segurança. Uma falha no motor ou um erro de cálculo no combustível pode ser mortal. Sem asas ou dispositivos de autorroração, funciona exclusivamente com o impulso: “No capacete, tenho um sistema, programado em parte pelos meus engenheiros. Posso ver em permanência a velocidade e a altitude. Se acontecer alguma coisa, tenho uma luz que me avisa se há um problema no motor, na eletrónica ou se há um sobreaquecimento”, explica Zapata.

Cada “flyboard” tem quatro motores, de 250 cavalos cada. Zapata quer que o sonho de navegar nas nuvens se realize, mas por enquanto é um sonho só ao alcance de alguns. O grande público vai ter de esperar: “Uma vez que os testes de fiabilidade estejam feitos, o engenho pode ajudar em coisas como operações de manutenção ou de segurança, ou para fins militares. Torná-lo acessível ao grande público, para já, parece-me impossível. Talvez dentro de uns meses se possa fazer, dentro de certas condições, com pessoas altamente qualificadas, como certos peritos”, explica.

O aparelho já garantiu a Zapata um recorde do Guinness, com o voo mais longo realizado numa “hoverboard”. A proeza foi atingida no sul de França, quando voou mais de dois quilómetros a uma média de 50 a 60 km/h.

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