Conflito na Siria: Bombardeamentos em hospitais sucedem-se e... os telefonemas também

Conflito na Siria: Bombardeamentos em hospitais sucedem-se e... os telefonemas também
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De  Francisco Marques com UGC, REUTERS
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Idlib e Alepo, no norte do país, mantém-se como palcos de sangrentos bombardeamentos pelo regime de Bashar al-Assad, apoiado pela força aérea russa; com Sergei Lavrov e John Kerry em busca de uma solu

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Esta semana fica marcada pelas imagens de uma bebé com cerca de um mês resgatada com vida no norte da Síria, das ruínas de um edifício de quatro andares, atingido quinta-feira durante um raide aéreo das forças do regime de Bashar al-Assad sobre a cidade de Idlib, a ocidente de Alepo, no norte da Síria.

Após mais de três horas para a retirar dos escombros, de início, a bebé não parecia estar bem, mas o “capacete branco” (socorristas voluntários sírios) correu em busca de socorro com a menina nos braços. Quando percebeu que a menina estava viva e a reagir, o homem não conteve as lágrimas. Foi um momento de felicidade entre os muitos de drama vividos por estes dias no norte da Síria.

One-month-old baby survives airstrike in #Syria’s #Idlibhttps://t.co/MxqbcZl6lgpic.twitter.com/XD24Bw1E7E

— ANADOLU AGENCY (ENG) (@anadoluagency) 30 de setembro de 2016

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, pelo menos onze civis, incluindo sete crianças, terão morrido em resultado dos recentes bombardeamentos do regime sobre Idlib. Mas tem sido o leste da cidade de Alepo o principal alvo de uma violenta ofensiva das forças de Assad, apoiadas pela força aérea russa.

As denúncias de alegados crimes de guerra, já admitidos pelo Secretário-geral das Nações Unidas, sucedem-se. Aos relatados bombardeamentos com as proibidas bombas de fragmentação, juntam-se os sucessivos relatos de ataques a instalações médicas.

1 trauma hospital left in east #Aleppo. Need urgent measures to allow the evacuation of sick and wounded #notatarget#DoctorsOfAleppo

— MSF International (@MSF) 1 de outubro de 2016

(Sobra um hospital de trauma no leste de Alepo.
São necessárias medidas urgentes para deslocar os doentes e os feridos.)

Depois já ter sido bombardeado na quarta-feira, este sábado o hospital M-10, um dos maiores no leste de Alepo, terá voltado a ser atingido com pelo menos dois barris de explosivos lançados desde helicópteros. A destruição e as mortes não param.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de França condenou “com a maior firmeza o bombardeamento do hospital M-10, em Alepo, na Síria”. Jean-Marc Ayrault acrescentou que, “face ao horror, a França prossegue os esforços no conselho de segurança para obter uma trégua”, para a região.

jeanmarcayrault</a> condamne avec la plus grande fermeté le bombardement ce matin de l’hôpital M10, à <a href="https://twitter.com/hashtag/Alep?src=hash">#Alep</a>, <a href="https://twitter.com/hashtag/Syrie?src=hash">#Syrie</a> <a href="https://t.co/E3C6x5PuIv">https://t.co/E3C6x5PuIv</a></p>&mdash; France Diplomatie (francediplo) 1 de outubro de 2016

Entretanto, de acordo com a agência de notícias russa Tass, os responsáveis diplomáticos de Estados Unidos e Rússia, terão voltado a falar sábado pelo telefone. John Kerry e Sergei Lavrov mantém-se em contacto em busca de uma solução humanitária para Alepo, numa semana marcada pela troca de acusações entre o Pentágono e o Kremlin devido a participação militar antagónica de ambos no conflito sírio perante a relação oposta face ao Presidente Bashar al-Assad.

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