França: A luta contra a radicalização não está a produzir efeitos

França: A luta contra a radicalização não está a produzir efeitos
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A luta contra a radicalização jihadista em França é um fracasso, de acordo com as primeiras conclusões de um relatório acabado de publicar pelo senado francês.

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A luta contra a radicalização jihadista em França é um fracasso, de acordo com as primeiras conclusões de um relatório acabado de publicar pelo senado francês.

Campanhas de prevenção e outros esforços no sentido de impedir a doutrinação começaram a ser desenvolvidos logo a seguir aos atentados de 2015, mas os resultados mostram-se aquém das expetativas e sobretudo aquém do nível da ameaça terrorista.

Há um ano que duas senadoras trabalham nesta missão de informação. A senadora ecologista, Esther Benbassa, é uma das relatoras do estudo: “Em França a desradicalização foi implementada muito rapidamente após os ataques, no meio de um certo pânico e ansiedade porque os franceses queriam respostas. Queriam saber que medidas estavam a ser tomadas para que estes atos não se repetissem”.

Este centro de desradicalização ilustra bem as dificuldades em pôr em prática uma política eficaz nesse domínio. Aberto em setembro de 2016, deveria acolher 25 voluntárias no início de 2017, mas só uma dezena passou por aqui até agora e nenhuma ficou. Apesar do curto período de existência, o centro já conheceu de tudo: desde a deserção do pessoal, às guerras com a vizinhança, passando pela detenção de uma das jovens voluntárias por ligações a um dos terroristas do Bataclan.

Dede agosto de 2016, O Comité Interministerial de Prevenção da Delinquência e da Radicalização é dirigido por uma mulher, Muryel Domenach, cônsul-geral de França em Istambul, um dos principais pontos de partida dos franceses em direção à Síria:
“A forma como encontramos o equilíbrio entre prevenção e repressão vai depender de uma decisão política. Isso vai provavelmente mudar, mas a luta contra a redicalização em si e a necessidade de prevenção vão permanecer”.

Em 2016 cerca de 400 pessoas foram detidas em França por suspeitas de ligações com grupos jihadistas; 2400 pessoas e cerca de 1000 famílias estão a ser vigiadas por risco de radicalização.

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