"Ataques terroristas em Portugal não podem ser descartados"

Reino Unido admite ataques indiscriminados a locais turisticos
Reino Unido admite ataques indiscriminados a locais turisticos Direitos de autor REUTERS/Rafael Marchante
Direitos de autor REUTERS/Rafael Marchante
De  Euronews com Agência Lusa
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

"Ataques podem ser indiscriminados, incluindo lugares visitados por estrangeiros", avisa Reino Unido. Ministro agradece apoio português no "caso Skripal"

PUBLICIDADE

O Reino Unido lançou um alerta aos cidadãos britânicos de que ataques terroristas em Portugal "não podem ser descartados". O Ministério dos Negócios Estrangeiros, liderado por Boris Johnson , acrescenta que os turistas devem estar "particularmente atentos" durante este período de Páscoa.

"Ataques terroristas em Portugal não podem ser descartados. Os ataques podem ser indiscriminados, incluindo lugares visitados por estrangeiros", lê-se numa mensagem colocada no portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico.

Segundo a informação, os terroristas podem ter como alvos "locais religiosos, incluindo igrejas."

"Há uma ameaça maior de ataques terroristas em todo o mundo contra o Reino Unido e os Estados Unidos. Deve ter cuidado neste momento", conclui o alerta.

Boris Johnson agradece apoio de Portugal no "caso Skripal"

O chefe da diplomacia britânico, Boris Johnson, agradeceu a Portugal "a solidariedade" para com o Reino Unido, destacando "a seriedade" da decisão de chamar o embaixador português em Moscovo após o ataque ao ex-espião russo no Reino Unido.

Numa mensagem enviada ao ministro dos Negócios Estrangeiros português, a que a agência Lusa teve acesso, Boris Johnson agradece "pessoalmente pela ação" de Portugal, ao ter chamado o embaixador português em Moscovo para consultas após o ataque com um agente químico em Salisbury (sudoeste de Inglaterra), a 04 de março, ao ex-espião Serguei Skripal, e à filha Yulia.

As autoridades britânicas afirmaram que os dois foram envenenados com um agente neurotóxico de tipo militar e responsabilizaram a Rússia pelo incidente que classificaram como um ataque.

"Não subestimo nem por um momento a seriedade desta decisão. Aprecio profundamente as vossas ações e a vossa solidariedade para com o Reino Unido", afirma o governante britânico, na mensagem ao homólogo português.

Johnson refere que "apenas uma resposta coletiva internacional seria eficaz" após o "odioso ataque químico" em Salisbury.

"O padrão de comportamento disruptivo e imprudente do governo russo representa uma ameaça para todos nós. As expulsões coletivas sem precedentes que temos visto até agora representam um sinal poderoso da nossa determinação em respondermos juntos, de forma apropriada e firme, a esta ameaça", considera.

O ministro britânico apela a que os países ocidentais se mantenham unidos: " É importante que (...) continuemos a desenvolver a nossa resiliência às ameaças russas à nossa segurança e desafios aos nossos valores".

"Espero poder contar com o seu apoio enquanto levamos este importante trabalho em diante", afirma ainda na carta.

O caso Skripal já deu origem a uma ação concertada de 27 países, entre os quais dois terços dos Estados membros da União Europeia (UE), além de Estados Unidos, Canadá e também NATO, de expulsão de mais de 140 diplomatas russos.

Portugal mantém-se entre os países que optou por não expulsar funcionários diplomáticos russos, argumentando que "a concertação no quadro da União Europeia é o instrumento mais eficaz para responder à gravidade da situação presente".

Santos Silva anunciou na terça-feira que chamou o embaixador português em Moscovo, Paulo Vizeu Pinheiro, "para consultas".

Esta quinta-feira, Moscovo anunciou a expulsão de 60 diplomatas norte-americanos e o encerramento do consulado norte-americano em São Petersburgo.

Outras fontes • Francisco Marques

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Greve na Ryanair: Tripulantes acusam empresa de nova ilegalidade

Caso Skripal: Boris Johnson reforça críticas à Rússia

Caso Skripal: eurodeputados reagem a posição de Portugal