ETA: presidente de Associação de Vítimas fala em dissolução "forçada"

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José Vargas é um dos sobreviventes do mais sangrento atentado da ETA

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O ataque contra o supermercado Hipercor, na zona norte de Barcelona, a 19 de junho de 1987, foi o mais sangrento na história da ETA, fazendo 21 mortos e 45 feridos.

A euronews entrevistou um dos sobreviventes, José Vargas, que é também o presidente da Associação de Vítimas do Terrorismo na Catalunha.

José Vargas: "Eram quatro horas e oito minutos [da tarde] quando passávamos pelo corredor na zona de alimentos, mesmo por cima do parque de estacionamento onde estava a viatura armadilhada. O carro explodiu e vimos chegar uma língua de fogo, o teto caiu, tal como as estantes e todos os produtos... Ficou tudo escuro e foi um inferno, porque não viamos nada e não sabiamos se estavamos vivos ou mortos, só se ouviam lamentos e pessoas que pediam ajuda."

"Todas as vítimas são vítimas, não há de primeira ou segunda, tanto é vítima o de uniforme, como o civil que matam. O perdão é um perdão que não lhes sai de dentro... É um perdão unicamente para consumo dos seus correligionários, porque o resto de nós não se deixará enganar com esse perdão."

"A dissolução do grupo terrorista, do grupo de assassinos, é uma dissolução forçada, obrigada pelas forças e corpos de segurança do Estado e pelas próprias vítimas. Aqui também há uma crítica a fazer ao governo, não só a este mas a todos os demais, que para pôr fim a esta chaga do terrorismo e obter a dissolução, não contaram com as vítimas... O que pediamos era que pelo menos tivessem contado com as vítimas porque assim, pelo menos, teria sido um pouco mais credível aquilo que querem fazer estes assassinos da ETA."

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