Viagem da Euronews ao berço da Liga Norte

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O objetivo é ver a diferença entre a cidade, onde as pessoas ainda acreditam em partidos tradicionais, e o interior, onde a Liga nasceu.

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Saímos a caminho da região de Milão, com o objetivo de ver a diferença entre a cidade, onde as pessoas ainda acreditam em partidos tradicionais, tais como a Força Itália ou o Partido Democrático, e o interior, onde a Liga nasceu, numa área de pequenos comerciantes com opiniões fortes sobre as políticas económicas e fiscais da União Europeia, que querem mais autonomia em relação a Roma.

Assim que entrámos em Poinsetta, nos arredores de Milão, compreendemos que estávamos em território da Liga. Num muro vê-se escrita a frase "somos donos da nossa própria casa" e também outros slogans em suporte da extrema-direita, que estão espalhados pela cidade.

Ao contrário de outras regiões da Itália, tivémos muito mais dificuldade em encontrar quem quizesse falar connosco.

Por fim, foi num bar local que encontrámos um adepto da Liga que aceitou o convite.

"A Lombardia e o Véneto são os pilares da economia italiana. Não quero fazer discriminação contra ninguém mas a Itália não se pode encostar só á Lombardia e ao Véneto. Na minha opinião os fundadores da Europa não a queriam como ela está hoje porque, a final de contas, somos escravos dos alemães, cem por cento," observou.

A sua opinião é representativa desta região de pequenas e médias empresas. A pouca distãncia, em Milão, as opiniões são bem diferentes.

Na capital financeira da Itália, o partido de esquerda Partido Democrático (PD), agora o principal partido da oposição no parlamento, ainda domina na cidade. Muitas pessoas aqui acreditam que o partido é uma alternativa melhor ao presente governo, suportam a União Europeia e mostram-se preocupadas com o rumo do país.

"Não me sinto representada pelos dois partidos que estão agora no governo, que são muito anti-Europeus e, além disso, até dois meses antes das eleições estavam em forte oposição um contra o outro, por isso não compreendo como podem agora governar juntos," explicou-nos uma jovem residente na cidade.

"Não acho que o Partido Democrático é o melhor partido mas comparado aos outros partidos que estão no governo, é provavelmente uma melhor escolha. A situação é semelhante á dos Estados Unidos com o caso da Hillary Clinton e o Donald Trump. Nenhum dos dois era a melhor escolha mas um deles está a levar o país por um rumo errado, em especial dado o mundo em que vivemos hoje," disse outro dos residentes com quem falámos.

Qualquer que seja a opinião dos italianos sobre o seu governo, estão certamente a prestar mais atenção do que nunca. Entre esperanças e receios, sabem que esta nova experiência política na Europa poderá afetar o futuro do seu país e ter também implicações ao nível do continente europeu.

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