Os dois jornalistas da Reuters estão detidos desde Dezembro
Adiado o veredicto do julgamento de dois jornalistas da Reuters em Myanmar.
Estão detidos há 9 meses, acusados de posse ilegal de documentos oficiais - um crime que pode ser punido com 14 anos de prisão.
Os dois repórteres declaram-se inocentes. Dizem que foram vítimas da polícia por denunciarem a brutal perseguição aos muçulmanos Rohingya.
O advogado de defesa acredita que o adiamento da sentença pode ser estratégico. "Podemos considerar que está relacionado com o Conselho de Segurança da ONU, porque a reunião vai decorrer esta terça-feira à noite. Vão falar de Myanmar, por isso acho que tem efeito no julgamento", disse Than Yaw Aung, à porta do tribunal.
Oficialmente, a leitura da sentença foi adiada porque o juiz está doente. Não está ainda marcada nova sessão.
À saída do tribunal, um dos jornalistas ainda teve tempo de dizer que não tinha medo do desfecho, gritando: "A verdade está do nosso lado,"