Macron opta pelo compromisso no braço-de-ferro com os "coletes amarelos"

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De  Joao Duarte Ferreira
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O presidente francês afirma que os impostos sobre os combustíveis acompanharão as flutuações de preços do mercado

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O presidente francês, Emmanuel Macron, optou pela via do compromisso no conflito que levou milhares de "coletes amarelos" para as ruas para protestaram contra a política energética do governo.

Esta terça-feira, Macron anunciou que os impostos sobre os combustíveis acompanharão as flutuações de preços do mercado.

"Não podemos ser a favor do ambiente na segunda-feira e contra as subidas de preços na terça-feira. Não podemos decidir implementar um imposto sobre o carbono há alguns anos e depois denunciar o preço dos combustíveis hoje em dia. Gostaria de recordar a todos que este imposto foi votado em 2009, 2014 e 2015 por pessoas de várias inclinações políticas", disse o presidente francês.

No sábado passado, os "coletes amarelos" regressaram às ruas para protestarem contra os impostos. Em Paris, na Avenida dos Campos Elísios, registaram-se cenas de violência.

Para o presidente francês, a mensagem dos manifestantes é legítima, a violência não.

"Não quero confundir os atos inaceitáveis com as manifestações com os quais foram associados. Não quero confundir ladrões com cidadãos que querem enviar uma mensagem. Estou do lado destes cidadãos e não vou ceder perante aqueles que procuram a destruição e a desordem porque a república é sinónimo de ordem pública e expressão livre de opiniões", adiantou Macron.

Para Macron, o objetivo é encorajar as pessoas a mudarem para um tipo de transporte mais ecológico. Para além do imposto, o governo francês oferece incentivos à aquisição de veículos verdes ou elétricos.

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