China suspende uso de modelo de avião que caiu na Etiópia

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Direitos de autor REUTERS/Tiksa Negeri
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De  João Paulo Godinho
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A suspensão chinesa é provisória, mas surge como consequência do segundo acidente fatal com um Boeing 737 Max 8 no espaço de cinco meses.

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As autoridades chinesas ordenaram a todas as companhias aéreas do país para que não usem temporariamente aviões Boeing 737 Max 8, após a queda de um avião na Etiópia que provocou a morte dos 157 ocupantes este domingo.

A Administração da Aviação Civil da China esclareceu que a ordem se deve a preocupações com a segurança. Trata-se do segundo acidente com aquele modelo no espaço de cerca de cinco meses. A 29 de outubro, um avião da companhia Lion air caiu na Indonésia e provocou a morte de 189 pessoas.

A mesma decisão foi tomada pela companhia Ethiopian Airlines, que anunciou a medida no Twitter até haver conclusões do inquérito.

Como primeira consequência, as autoridades etíopes e o fabricante Boeing lançaram já uma investigação para apurar as causas da queda do avião. No terreno, os destroços ilustram bem a violência do desastre que não deixou qualquer sobrevivente e é já o pior da história da companhia.

Os primeiros dados indicam que o piloto terá relatado dificuldades e pedido ao aeroporto de Addis Abeba para voltar, mas acabou por se despenhar seis minutos após a descolagem.

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Publiée par Anton Hrnko sur Dimanche 10 mars 2019

A aeronave fazia a ligação entre a capital etíope e Nairobi, no Quénia.

Entre as vítimas estavam cidadãos de 35 nacionalidades, mas até ao momento não existe indicação de vítimas portuguesas. Foi uma verdadeira tragédia global. Prova disso foi a mensagem de um deputado eslovaco no Facebook, que revelou ter perdido a mulher, a filha e o filho no desastre.

A bordo seguiam ainda vários funcionários das Nações Unidas (ONU), o que levou o secretário-geral do organismo, António Guterres, a manifestar-se “profundamente entristecido” pela queda da aeronave.

“Profundamente entristecido pelas notícias desta manhã do acidente aéreo na Etiópia, reclamando a vida de todos a bordo”, afirmou hoje, numa mensagem na rede Twitter, acrescentando: "As minhas sinceras condolências às famílias e próximos de todas as vítimas – incluindo a nossa equipa das Nações Unidas – que faleceram nesta tragédia".

Investigadores da Agência Etíope de aviação Civil estão já na região de Bishoftu em busca das caixas negras da aeronave. As operações vão contar ainda com o apoio de uma equipa de peritos americanos.

Entretanto, o parlamento etíope já declarou luto nacional para esta segunda-feira.

Outras fontes • AFP / Lusa

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