Milhares de funcionários fizeram mesmo greve para pressionar o presidente a renunciar à candidatura a um quinto mandato.
O presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, está de volta ao país para enfrentar a contestação à recandidatura para um quinto mandato.
O líder argelino, de 82 anos, esteve internado nas últimas duas semanas na Suíça, reforçando ainda mais os rumores da frágil condição física.
Bouteflika sofreu um acidente vascular cerebral em 2013 e desde então fez apenas algumas aparições públicas. A última vez que tal aconteceu foi no juramento do cargo do presidente do Conselho Constitucional, Tayeb Belaid, em 21 de fevereiro.
Na presidência desde 1999, o histórico líder argelino é para muitos dos manifestantes o único presidente que conheceram na vida. Os protestos decorrem já há alguns meses, desde que foi anunciada a intenção de governar um quinto mandato.
Este domingo, dia que marca o inicio da semana de trabalho no país, multiplicaram-se as greves por toda a Argélia.
O descontentamento em relação a Bouteflika atravessou fronteiras e ganhou dimensão internacional. Só em Paris, quase 10 mil argelinos concentraram-se na Place de la Republique exigindo a saída de cena do presidente e uma renovação no poder.
As eleições presidenciais argelinas estão marcadas para o próximo dia 18 de abril.