Hungria em campanha pelos sem abrigo

Hungria em campanha pelos sem abrigo
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De  Patricia Tavares
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À medida que o Natal se aproxima, cada vez mais ONGs tentam arrecadar fundos, como a Budapest Bike Maffia que agendou uma distribuição de refeições. Qualquer pessoa pode ajudar com doações.

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A lei é nova, mas o problema é antigo. Gyula era cozinheiro. Perdeu o emprego e a casa durante a crise, na Hungria. Mostra-nos o local onde costumava dormir até o inverno passado. Desde a nova lei contra os sem-abrigo, as autoridades apreenderam-lhe o colchão e os cobertores. Ficou sem nada e não é o único.

Até ao final de novembro, oito pessoas morreram de frio nas ruas de Budapeste e o país vive apenas o início da época das temperaturas baixas. No entanto, existem lugares suficientes nos abrigos para as pessoas que vivem na rua - diz o diretor de uma das maiores organizações do país.

"Para nós, a crise de inverno começa sempre em novembro. Isso significa que colocamos camas extra, abrimos abrigos diurnos onde os que vivem na rua se podem aquecer, existe um veículo de crise que funciona 24 horas por dia e grupos de controlo".
ZOLTÁN AKNAI
Diretor Fundação Shelter

À medida que o Natal se aproxima, cada vez mais ONGs tentam arrecadar fundos, como a Budapest Bike Maffia que agendou uma distribuição de refeições. Qualquer pessoa pode ajudar com doações.

Nos dias 8 e 9, recolhemos doações no Museu Literário Petofi. Esperamos principalmente vitaminas, sumos e frutas. O objetivo do programa é proporcionar um jantar saudável a 4 mil pessoas.
ZOLTÁN HAVASI
Organização Budapeste Bike Maffia

O Instituto de Budapeste diz que a prisão de um sem abrigo custa 150 euros, equivalente ao preço de um abrigo durante um mês. Se as autoridades decidirem prender um sem abrigo por um período máximo de 60 dias, isso custará ao Estado quase 1500 euros, mais do que as despesas de alojamento durante um ano.

Após a decisão do Tribunal Constitucional, as autoridades conseguiram remover os colchões, mas não as pessoas. Muitos sem-abrigo estão escondidos nas florestas e em zonas escondidas da capital. Mas, segundo os assistentes sociais a situação é perigosa, porque não sabem onde estão as pessoas vulneráveis e quando precisam de ajuda.
ZOLTÁN SIPOSHEGYI
Euronews
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