Um duro golpe para o poder conservador, poucos dias depois do país assumir presidência rotativa da UE e em ano de legislativas
A Croácia escolheu este domingo a mudança na segunda volta das eleições presidenciais, elegendo o social-democrata Zoran Milanovic com 53 por cento dos votos.
O voto à esquerda contraria a tendência da maioria dos países da Europa Central, que têm visto ascender nos últimos anos líderes populistas e conservadores.
Na primeira reação aos resultados, o ex-primeiro-ministro - que dirigiu o governo croata entre 2011 e 2016 -, disse estar "feliz", se esta "vitória apertada mas justa trouxe esperança e levantou os espíritos da sociedade e povo" croata. Milanovic apelou a todos os croatas para que "celebrem em conjunto".
O antigo chefe de governo, com a sua visão de uma Croácia "normal", mais progressista e moderna, conseguiu derrotar a presidente cessante, a conservadora Kolinda Grabar-Kitarovic, que obteve 47 por cento dos votos e cuja promessa de uma "Croácia autêntica" não foi suficiente para seduzir a direita radical.
A chefe de Estado cessante admitiu a derrota afirmando que "a Croácia decidiu" e acrescentando que é preciso "felicitar" Milanovic e desejar-lhe "tudo de melhor para o desempenho da função".
Apesar do posto ser essencialmente protocolar na Croácia, a eleição representou um importante teste para os conservadores no poder , poucos dias depois do país assumir a presidência rotativa da União Europeia e na antecâmara das eleições legislativas, que terão lugar em 2020.