Ruanda, Uganda e RDCongo comprometem-se a não apoiar grupos rebeldes

Presidente da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi
Presidente da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi Direitos de autor © 2020 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.AMPE ROGÉRIO
Direitos de autor © 2020 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
De  lusa
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Chefes de Estado foram recebidos por João Lourenço, em Luanda, para uma cimeira de três dias

PUBLICIDADE

Os Presidentes do Uganda e do Ruanda comprometeram-se hoje, em Luanda, a abster-se de todas as iniciativas que possam criar a perceção de apoio, financiamento, treino ou infiltração de forças desestabilizadoras no território do respetivo vizinho.

A decisão consta do comunicado final da terceira cimeira tripartida, realizada hoje na capital angolana, com a participação dos Presidentes de Angola, João Lourenço, do Uganda, Yoweri Museveni, do Ruanda, Paul Kagamé, e da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi.

Na sessão de encerramento do encontro, sem direito a perguntas dos jornalistas, apenas a leitura do comunicado final, o chefe de Estado angolano, João Lourenço, frisou que contrariamente à segunda cimeira, realizada em agosto de 2019, na qual foi assinado o Memorando de Entendimento de Luanda, nesta reunião não foi assinado qualquer documento.

“De qualquer forma consideramos que as poucas horas de trabalho que tivemos foram bastante frutíferas. O objetivo é acompanhar o grau de implementação das medidas previstas no memorando de Luanda, fizemos algum progresso, a nosso ver”, disse João Lourenço.

O comunicado final, lido pelo ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, aponta como progressos, o comprometimento dos Presidentes do Uganda e do Ruanda em “dar passos subsequentes para a paz, a estabilidade, a boa vizinhança e o restabelecimento da confiança mútua”.

As partes, de acordo com o comunicado, comprometeram-se também a continuar a privilegiar o diálogo permanente entre os dois países para o desenvolvimento e o bem-estar dos seus povos.

Nesta cimeira, ficou decidida a libertação dos cidadãos de ambos os países, devidamente identificados e constantes das listas trocadas para este propósito, bem como a proteção e respeito dos direitos humanos dos seus cidadãos.

De acordo com comunicado, a comissão ‘Ad-Hoc’ deve continuar as suas atividades, como mecanismo de acompanhamento da implementação do processo, estando já a quarta cimeira agendada para o dia 21 de fevereiro próximo, na cidade de Gatuna/Katuna, na fronteira entre o Ruanda e o Uganda.

Os chefes de Estado do Ruanda e do Uganda saudaram os esforços dos seus homólogos de Angola e da RDC “na busca de uma solução pacífica dentro do espírito do Pan-africanismo e da integração regional, para a resolução do diferendo entre os dois países”.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Angola e Moçambique procuram parceiros em Londres

Cimeira da SADC: João Lourenço pede contribuições para o "reforço da integração regional”

África, Caraíbas e Pacífico reafirmam compromissos em Luanda