Os confrontos multiplicam-se. UE lança alerta para dissuadir migrantes e refugiados de se dirigirem para a fronteira entre Grécia e Turquia.
Do lado grego, as autoridades lançam gás lacrimogéneo para os fazer retroceder. No território turco, o mesmo procedimento por parte da polícia para que avancem. No meio, sucedem-se os confrontos, lá onde estão concentrados cada vez mais refugiados e migrantes que seguem o dedo apontado pelo presidente turco rumo à Europa.
Segundo Recep Tayyip Erdogan, o caminho está desimpedido. Mas Bruxelas relembra que "as portas não estão abertas". O chefe diplomático da União Europeia, Josep Borrell, lança o apelo para que ninguém nesta situação se dirija para a fronteira grega. Ancara é acusada de "instrumentalizar a pressão migratória para obter dividendos políticos".
Após a morte de soldados turcos na Síria, Erdogan declarou que já não vai conter o fluxo de refugiados vindos da conturbada região de Idlib. Na próxima segunda-feira, o presidente turco deverá deslocar-se a Bruxelas para previsivelmente debater os apoios europeus que permitiram até agora o acolhimento de mais de 3,5 milhões de refugiados sírios na Turquia.