Madrid: Sozinhos mas acompanhados no confinamento

Madrid: Sozinhos mas acompanhados no confinamento
Direitos de autor AP Photo/Manu Fernandez
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Já estavam em situação de isolamento antes da pandemia: agora são ajudados por iniciativas de voluntários. Fomos conhecer um exemplo em Madrid.

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Hoje não é dia de convívio, nem de jogos, que é o cenário habitual num parque muito frequentado no centro de Madrid. Aliás, nem hoje, nem tão cedo. Basta olhar à volta para ver uma realidade que se repete em vários países: serviços e comércios de portas fechadas, tirando farmácias e supermercados.

Só na capital espanhola calcula-se que, já antes do novo coronavírus, havia 240 mil pessoas, sobretudo idosos, em situação de isolamento.

Victoria Polanco é arquiteta, tem 32 anos e faz parte de um grupo de voluntários que vai fazer compras pelos que estão mais desmunidos. Explica-nos que "é uma iniciativa voluntária de um grupo de vizinhos. Desde o dia em que foi declarado o estado de alerta que se percebeu que várias pessoas iam passar a precisar de ainda mais ajuda".

No compasso de espera e no respeito pelos que nos cercam, surgem manifestações de carinho originais, como convocar vários moradores em quarentena para cantar os parabéns a uma vizinha especial.

O apoio domiciliário foi reduzido a serviços mínimos. A Cruz Vermelha espanhola faz centenas de milhares de chamadas por dia para ir acompanhando a situação à distância.

Dori Moreno, responsável do centro de operações, diz que "o importante nesta fase é que as pessoas mais vulneráveis se sintam escutadas, que possam conversar com alguém, assegurando também que as suas necessidades básicas sejam garantidas".

O procedimento que Victoria cumpre é simples: coloca um par de luvas novo em cada ida às compras, depois toca à campainha e deixa os sacos em frente à porta da pessoa que solicitou ajuda.

Para esta arquiteta, "nestes momentos de solidão profunda, é importante sentir que há alguém perto que possa vir rapidamente em auxílio, se for caso disso".

O correspondente da Euronews em Madrid, Jaime Velázquez, sublinha que o confinamento complicou a situação das populações que já se encontravam mais isoladas. Estes voluntários têm transmitido a seguinte mensagem: "estar só não tem de significar não estar acompanhado".

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