Macron e Príncipe Carlos celebram herança de Charles de Gaulle

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Direitos de autor Jonathan Brady/AP
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De  Ricardo Figueira
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Os festejos dos 80 anos do "apelo de 18 de junho" foram pretexto para a primeira deslocação ao estrangeiro de Macron desde fevereiro.

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Foi a primeira vez, desde fevereiro, que o presidente francês Emmanuel Macron viajou para fora do país. Ao fim dos meses de confinamento ditados pela epidemia de Covid-19, numa viagem cheia de significado, juntamente com o herdeiro do trono britânico, o príncipe Carlos, Macron esteve em Londres para lembrar o General Charles de Gaulle e os oitenta anos do histórico apelo de 18 de junho. Em reconhecimento, Macron entregou à cidade de Londres, na pessoa do príncipe, a cruz da Legião de Honra.

Disse o presidente francês: "De Gaulle tornou-se a via e o fôlego da França Livre. Elevou a chama da resistência mais alto que um farol, para que este feixe de esperança, desde as margens do Tamisa, iluminasse todo o solo francês. Foi o homem que carregou nos braços um país que tinha perdido o fôlego, a partir de Londres. Graças a Londres".

Num francês perfeito, o príncipe Carlos disse que "a presença de Macron é um testemunho forte dos laços que unem os dois países, os dois povos e a determinação comum para que essa união perdure".

Foi a 18 de junho de 1940, aos microfones da BBC, que o General de Gaulle apelou à resistência contra os nazis e contra a rendição aos alemães decidida pelo governo do Marechal Pétain. Nasceram aí os esforços conjuntos da Grã-Bretanha de Churchill e da fação francesa que recusou render-se, liderada por De Gaulle. Esforços que haveriam de culminar na vitória dos aliados.

Antes da partida para Londres, Macron presidiu a cerimónias evocativas do mesmo aniversário, desta vez em França, em que o momento alto foi um voo conjunto de esquadrilhas das Forças Aéreas dos dois países.

O presidente francês teve ainda tempo para uma visita ao primeiro-ministro Boris Johnson no número dez da Downing Street. O Reino Unido é o país europeu mais afetado pela epidemia de Covid-19. Apesar do desconfinamento, a situação do país é ainda delicada, com mais de 42 mil mortos a lamentar.

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