Rei da Bélgica pede desculpa pelos massacres no Congo

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Direitos de autor Virginia Mayo/AP
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De  Ricardo Figueira
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Durante a vigência do Estado Livre do Congo, o Rei Leopoldo II criou um regime de terror que custou a vida a milhões de pessoas.

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Com as estátuas do Rei Leopoldo II da Bélgica vandalizadas, retiradas ou em vias de serem afastadas do espaço público, na onda das manifestações antirracismo que se espalham por todo o Mundo, foi a vez do momento de contrição do Rei Filipe, atual monarca belga, que pediu desculpa ao povo do Congo, numa carta enviada ao presidente da RDC, por ocasião dos 60 anos da independência do país.

Na carta mandada a Félix Tchisekedi, o Rei Filipe diz que, durante a vigência do então chamado Estado Independente do Congo, foram cometidos atos de violência e de crueldade que pesam na memória coletiva. Foram cometidos atos causadores de sofrimento e humilhação também durante o período colonial que se seguiu. Essa dor do passado é reavivada pelas discriminações que persistem na sociedade, diz ainda o Rei.

O Estado Livre do Congo foi fundado por Leopoldo II em 1885 e perdurou até 1908, como propriedade absoluta do rei belga. Durante esse período, foram massacrados ou morreram de doença entre cinco e 20 milhões de congoleses. Muitos outros foram mutilados devido às regras cruéis impostas pelo regime de Leopoldo. O reino terminou com a anexação à Bélgica, que durou até à independência do país agora chamado República Democrática do Congo, conseguida por Patrice Lumumba em 1960.

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