Itália decide em referendo um corte no número de deputados

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De  Bruno Sousa
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País tem atualmente 951 parlamentares eleitos, um número só superado pelo Reino Unido na Europa

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O acesso aos corredores do poder pode ficar limitado em Itália caso a reforma constitucional seja aprovada no referendo deste fim de semana. Em causa está uma redução no número de parlamentares, que é atualmente um dos mais altos da Europa. Têm 951 representantes no Parlamento entre Senado (321) e Câmara dos Deputados (630), só o Reino Unido tem um número superior.

O corte é defendido pelo Movimento 5 Estrelas e até já foi aprovado pelos próprios deputados. Falta o sim da população, Luigi di Maio incentiva as pessoas a votar, "em particular os jovens" uma vez que "são eles que arriscam ficar os próximos 40 ou 50 anos com mil parlamentares".

Os defensores dizem que o corte, que afetaria 115 senadores e 230 deputados, permitiria poupar cem milhões de euros por ano, mas os opositores asseguram que esse não passa de um raciocínio populista que pode colocar em causa a representatividade.

Simone Baldelli, do Forza Italia, considera que a iniciativa mostra que quando a "antipolítica está no poder provoca danos, gasta dinheiro e insulta o parlamento".

Para os especialistas, no entanto, a iniciativa não ataca a raiz do problema. Cristina Fasone, é Professora de direito público na universidade LUISS e refere que "o número de representantes eleitos não está ligado a uma reforma mais extensa do sistema bicameral, conhecido internacionalmente por ser disfuncional, uma vez que as duas câmaras do parlamento, câmara de deputados e Senado, têm exatamente a mesma função".

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